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Tarcísio diz que vai ampliar ensino cívico-militar após governo Lula encerrar programa

A decisão contrapõe o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que decidiu acabar com o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim)

13 de Julho de 2023 às 09:20
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Tarcísio de Freitas afirmou que os alunos da rede estadual vão receber impresso, além de ter acesso digital, o material didático elaborado pelo governo paulista
Tarcísio de Freitas afirmou que os alunos da rede estadual vão receber impresso, além de ter acesso digital, o material didático elaborado pelo governo paulista (Crédito: Divulgação)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou nesta quarta-feira (12), que vai editar um decreto para ampliar o ensino cívico-militar no Estado. A decisão contrapõe o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que decidiu acabar com o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), um dos pilares da política de educação da gestão de Jair Bolsonaro (PL).

"Fui aluno de Colégio Militar e sei da importância de um ensino de qualidade e como é preciso que a escola transmita valores corretos para os nossos jovens. O @governosp vai editar um decreto para regular o seu próprio programa de escolas cívico-militares e ampliar unidades de ensino com este formato em todo o Estado", disse o governador em publicação nas redes sociais.

Além de Tarcísio, os governadores do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), anunciaram que irão manter o programa. Os três apoiaram Bolsonaro na eleição passada - Tarcísio foi ministro da Infraestrutura do ex-presidente.

A decisão do governador é um aceno ao bolsonarismo, de quem sofreu ataques na semana passada após articular pela aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados. Apoiadores do ex-presidente foram às redes sociais para criticar a decisão do governo de Lula de extinguir o programa das escolas cívico-militares. Ex-vice-presidente da República, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) chamou a medida de "revanchista".

A decisão de extinguir o Pecim, tomada em conjunto pelos ministérios da Educação (MEC) e da Defesa, deve ser implementada até o fim do ano letivo, conforme documento enviado aos secretários estaduais de Educação.

Segundo o MEC, haverá desmobilização do pessoal das Forças Armadas lotado nos colégios vinculados ao programa, bem como a adoção gradual de medidas que permitam encerrar o ano na "normalidade necessária aos trabalhos e atividades educativas".

Foram quatro os motivos para o fim do programa, conforme nota técnica do MEC. Além do desvio de finalidade das Forças Armadas, a pasta entende que há um problema de execução orçamentária no programa e que os investimentos poderiam ser mobilizados em outras frentes. Outras justificativas são falta de coesão com o sistema educacional brasileiro e o modelo didático-pedagógico. (Estadão Conteúdo)