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Saúde alerta para aumento de casos de asma

A Secretaria da Saúde de São Paulo alerta para o aumento no número de atendimentos realizados em decorrência de asma na rede SUS em todo o Estado. Em 2023, de janeiro a março, as internações causadas pela doença aumentaram em 50,7% e os atendimentos ambulatoriais, 20,3%. Foram registradas 4.416 internações e 15.910 atendimentos ambulatoriais, um crescimento expressivo em relação às 2.929 internações e 13.216 atendimentos realizados no mesmo período em 2022.
“O inverno é um período de risco para quem tem asma, tanto pelas mudanças do tempo quanto pelo aumento das infecções virais. Nessa época do ano, é normal aumentar a procura pelo pronto socorro por crises asmáticas, inclusive com internações”, disse a médica Samia Rached, pneumologista do ambulatório de asma grave do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. “É importante usar os medicamentos da forma como os médicos orientam, além de se proteger e evitar contato com pessoas com gripes e resfriados, tomar as vacinas que previnem doenças respiratórias e evitar contato com o que pode desencadear uma crise”, completou a médica.
O que é asma?
A asma é um processo inflamatório das vias respiratórias que causa o estreitamento dos brônquios, que são os canais por onde passa o ar nos pulmões. A doença causa tosse seca, chiado no peito, sensação de pressão nos pulmões, falta de ar e dificuldade para respirar. A pessoa afetada pela condição possui mais dificuldade para expelir o ar dos pulmões do que para inspirar, causando a sensação de sufocamento.
O agravamento da doença está ligado a crises alérgicas, contato com fumaça, gases químicos, produtos de limpeza com cheiro forte, perfumes, infecções virais, poluição, exposição ao tempo frio, pólen e a micro-organismos, como ácaros e fungos, que se proliferam em ambientes com muita poeira, quentes e úmidos. A causa, no entanto, é desconhecida e, segundo especialistas, envolve fatores genéticos e ambientais. Os sintomas, a gravidade da doença e os gatilhos que levam ao agravamento variam muito de pessoa para pessoa, então o tratamento é individualizado. (Da Redação)