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São Paulo

Campanha contra Influenza para população acima de seis meses é prorrogada

Governo de SP informou que campanha será prorrogada até 30 de junho; cobertura vacinal no Estado está em 32,9%

30 de Maio de 2023 às 16:18
Cruzeiro do Sul [email protected]
 Idosos s..o vacinados em esta....o de metr.. em Bras..lia, durante o dia D da Campanha Nacional de Vacina....o contra Gripe de 2014 que come..ou na ..ltima ter..a-feira (22) vai at.. 9 de maio  (Marcelo Camargo/Ag..ncia Brasil)
Vacina contra a gripe (Crédito: Marcelo Camargo/Ag..ncia Brasil)

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou na tarde desta terça-feira (30) que vai prorrogar a Campanha contra Influenza (gripe) para a população acima de seis meses por mais 30 dias, com data prevista para encerramento no dia 30 de junho. Até o dia 23 de maio, mais de 6,1 milhões de doses do imunizante foram aplicadas em todo o estado, representando uma cobertura vacinal de 32,9%, sendo que a meta é de 90%.

Apenas em 2023, a Secretaria da Saúde já registrou 86 óbitos decorrentes de casos graves causados pela infecção dos diversos tipos de vírus da Influenza. A vacinação é eficaz em evitar a evolução da doença para estes quadros mais graves.

A gripe geralmente causa apenas febre, espirros, nariz congestionado, cansaço e dores no corpo, mas casos mais graves podem afetar as crianças menores de 6 anos de idade, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades, podendo levar até à morte.

Em 2022, foram registrados 3.116 casos de gripe em que foi necessária a hospitalização do paciente e 339 mortes. Neste ano, foram registradas 1.257 hospitalizações até a quarta semana de maio. No mesmo período do ano anterior, foram contabilizadas 1.653 internações e 250 óbitos.

Imunização Segura

A vacina, desenvolvida pelo Instituto Butantan, é segura e eficaz. Como o vírus tem alta capacidade de mutação e muda suas características ao longo do tempo, é preciso se imunizar todos os anos. A cepa do vírus H1N1 usada em 2023, por exemplo, é diferente da que foi usada para produzir os imunizantes no ano passado.

Produzida com vírus inativados das três principais cepas em circulação no hemisfério sul, a vacina faz com que o organismo produza anticorpos contra a infecção e estimule a memória das células para que elas aprendam a lidar com o vírus. Menos de 10% das pessoas que recebem a vacina desenvolvem febre, mal-estar e dores musculares. Geralmente, quem desenvolve esses sintomas está recebendo este tipo de imunizante pela primeira vez. Reações alérgicas são consideradas raras.

Para as gestantes, a vacina não apresenta qualquer risco diferente do que para o resto da população e, além dos benefícios para a mulher, estudos apontam que a proteção contra o vírus influenza foi superior a 60% nos primeiros seis meses de vida dos bebês de mães vacinadas. O imunizante pode ser aplicado em qualquer momento da gestação e para mulheres em puerpério, que é o período de 45 dias após o parto.

Além dos chamados grupos prioritários, que incluem idosos com mais de 60 anos de idade, crianças entre 6 meses e 6 anos, povos indígenas, profissionais da saúde, professores, pessoas com comorbidades, integrantes das forças de segurança e salvamento, integrantes das Forças Armadas, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e população privada de liberdade, em 2023, o Ministério da Saúde ampliou a vacinação para todas as pessoas com mais de 6 meses de idade. Isso porque, uma vez imunizado, o indivíduo tem menos chance de contrair e transmitir a gripe, diminuindo o risco de contaminação até daquelas pessoas que não foram vacinadas. (Da Redação)