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Após derrota política, Sánchez antecipa eleições na Espanha

29 de Maio de 2023 às 23:01
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O Partido Popular foi o grande vencedor das eleições municipais
O Partido Popular foi o grande vencedor das eleições municipais (Crédito: JAVIER SORIANO/AFP)

O primeiro-ministro da Espanha, o socialista Pedro Sánchez, anunciou nesta segunda-feira (29) a antecipação das eleições legislativas no país para 23 de julho, após a grande derrota de seu partido nas votações municipais regionais de domingo.

‘As eleições acontecerão no domingo 23 de julho‘, anunciou Sánchez em uma declaração institucional no Palácio de Moncloa, antes de explicar que tomou a decisão ‘com base nas eleições celebradas ontem (domingo). Assumo em primeira pessoa os resultados e acredito que é necessário dar uma resposta e submeter nosso mandato democrático à vontade popular‘, declarou Sánchez.

O conselho de ministros se reuniu durante a tarde para aprovar a medida, cuja publicação no Diário Oficial do Estado de hoje (30) resultará na dissolução do Parlamento.

A data-limite para as legislativas era dezembro, e poucos esperavam a antecipação, levando-se em consideração que a Espanha terá a presidência da União Europeia (UE) no segundo semestre de 2023.

O líder da oposição, Alberto Núñez Feijóo, do conservador Partido Popular, grande vencedor das eleições de domingo, reagiu à notícia afirmando que a Espanha ‘entrou em um caminho de renovação que é imparável‘.

Nas eleições de domingo, o PP de Núñez Feijóo, que apresentou essas eleições como um plebiscito sobre Sánchez, retomou prefeituras importantes dos socialistas, incluindo Sevilha e Valência, e conquistou a reeleição, com maioria absoluta, dos governos da cidade e da região de Madri.

Além disso, o PP venceu em seis regiões que eram governadas pelos socialistas, sozinhos, ou em coalizão: a Comunidade Valenciana, Aragón, Extremadura, La Rioja, Baleares e Cantábria.

O domingo também foi vitorioso para o partido de extrema direita Vox, cujo apoio será necessário para os conservadores em várias regiões.

Nas eleições municipais, o PP recebeu mais de sete milhões de votos (31,5%), contra 6,2 milhões (28,1%) do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) de Pedro Sánchez.

Sánchez chegou ao pleito fragilizado pelo próprio desgaste, após mais de cinco anos no governo e o impacto da inflação no poder aquisitivo da população, mas também pelos constantes enfrentamentos entre os socialistas e seus parceiros de coalizão da esquerda radical. (AFP)