Último adeus
Corpo de David Miranda será velado nesta quarta (10) no Rio
A cerimônia de despedida, que ocorrerá na Câmara Municipal, até as 17h, será aberta ao público
O corpo do ex-deputado federal David Miranda (PDT-RJ) será velado nesta quarta-feira (10), na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O parlamentar faleceu na terça-feira (9), aos 37 anos, após passar nove meses internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) devido a uma infecção no sistema gastrointestinal. O anúncio foi feito por seu marido, o jornalista Glenn Greenwald, em rede social.
O velório será realizado no Palácio Pedro Ernesto, sede do Poder Legislativo municipal, das 14h às 17h, em cerimônia aberta ao público. O parlamentaria completaria 38 anos nesta quarta-feira (10).
O ex-deputado foi internado no dia 5 de agosto do ano passado, após sentir fortes dores abdominais. O diagnóstico foi de infecção gastrointestinal e a situação se agravou, evoluindo para um quadro de septicemia, uma infecção generalizada, que atingiu pâncreas, rins, fígado e pulmões.
Nesta terça-feira (9), a Câmara publicou uma nota de pesar em homenagem a Miranda, que também foi vereador. "A Câmara Municipal do Rio recebeu com grande pesar a triste notícia do falecimento do ex-vereador e ex-deputado federal David Miranda. Quando ocupou uma cadeira na Casa, entre 2017 e 2019, David se destacou na luta por direitos humanos e igualdade. A Câmara se solidariza com a família, amigos e todos os que tiveram o privilégio de conviver e trabalhar ao lado de David Miranda".
David Miranda chegou na Câmara dos Municipal do Rio de Janeiro nas eleições de 2016 e se transformou no primeiro vereador assumidamente gay da cidade do Rio de Janeiro. Quatro anos depois, assumiu a vaga deixada por Jean Wyllys (PSOL-RJ) na Câmara dos Deputados. O parlamentar tinha planos de se reeleger nas eleições de 2022, mas teve que retirar sua candidatura devido à internação.
A doença que vitimou o ex-deputado, a infecção generalizada no sistema gastrointestinal, pode ter diferentes causas, e a evolução para quadros mais graves, como o vivido pelo ex-parlamentar, não é o habitual, segundo especialistas. A causa mais comum é pela ingestão de água contaminada ou alimentos mal armazenados, malcozidos ou fora do prazo de validade, mas também pode ocorrer com o contato com pessoas e objetos infectados ou pela via respiratória, por meio da contaminação por uma agente infeccioso. (Estadão Conteúdo)