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Caso Lucas Terra

Pastores são condenados a 21 anos de prisão

28 de Abril de 2023 às 23:01
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A mãe do adolescente, Marion Terra, com a foto de Lucas
A mãe do adolescente, Marion Terra, com a foto de Lucas (Crédito: REPRODUÇÃO / TWITTER)

 

Após três dias de julgamento, dois pastores evangélicos, acusados de matar e queimar o corpo de um adolescente de 14 anos, em 2001, em Salvador, na Bahia, foram condenados a 21 anos de prisão em regime fechado. A sentença do tribunal do júri foi lida às 21h30 de quinta-feira (27) pela juíza Andrea Teixeira Lima Sarmento. A defesa dos acusados vai entrar com recurso. Um terceiro pastor envolvido havia sido condenado anteriormente a 18 anos de prisão e já cumpriu a pena.

Na época, o crime chocou a população e causou grande repercussão por envolver religiosos importantes da Igreja Universal do Reino de Deus. O adolescente Lucas Terra frequentava a igreja onde eles presidiam os cultos. Conforme a investigação, o adolescente foi morto após flagrar dois dos pastores mantendo relações sexuais dentro do templo, no bairro Rio Vermelho, na capital baiana. Ele foi dominado, agredido, estuprado e teve o corpo queimado quando ainda estava vivo.

Os pastores Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda foram condenados, cada um, a uma pena principal de 18 anos de prisão em regime fechado, mas tiveram as penas agravadas pelo motivo torpe, emprego de meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima, elevando as penalidades para 21 anos. Segundo o Ministério Público da Bahia, eles podem recorrer em liberdade.

O terceiro pastor acusado, Silvio Roberto Galiza, foi julgado e condenado em 2004 a 18 anos de prisão, cumpriu cerca de sete anos preso, foi para o regime aberto e está em liberdade. Foi ele quem apontou os outros dois autores do crime. Na quinta-feira, os pastores foram ouvidos durante cinco horas, negando participação no assassinato. (Estadão Conteúdo)