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Pacheco diz que governo deveria ter apoiado CPMI desde o início

Presidente do Senado garantiu que requerimento será lido dia 26

20 de Abril de 2023 às 23:01
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Ricardo Capelli assumiu interinamente o GSI
Ricardo Capelli assumiu interinamente o GSI (Crédito: FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta quinta-feira (20), que o governo federal deveria ter apoiado a criação da CPMI sobre os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro desde o início e afirmou que a comissão deve ser instalada no próximo dia 26.

Os parlamentares da base do governo estavam atuando contra a criação da CPMI, mas mudaram de posição após a revelação de que o General Gonçalves Dias, do GSI, esteve no Palácio do Planalto e teria confraternizado com os vândalos.

‘O governo devia ter tido essa postura (de defender a CPMI) desde o início. Eu disse desde o início que era legítimo o parlamento fazer as investigações. O governo se colocou contra em um primeiro momento‘, afirmou Pacheco em Londres, após fazer uma palestra para empresários do Lide Brazil Conference.

Um dia depois de líderes do governo pedirem o adiamento da sessão do Congresso que faria a leitura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas - capitaneada por parlamentares do grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - deputados da própria base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mudaram de posição.

Eles passaram a defender a instalação da CPMI logo após a aparição das imagens de que o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marco Edson Gonçalves Dias, teria facilitado o trânsito de vândalos no Palácio do Planalto durante os protestos de 8 de janeiro. O ministro pediu exoneração do cargo.

Com a saída de Dias, o secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, vai comandar, interinamente, o GSI. Ele acumulará o cargo de ministro e também de secretário executivo do GSI, ao mesmo tempo que continuará atuando como ‘número dois‘ da pasta da Justiça, liderada pelo ministro Flávio Dino.

Em janeiro, Capelli foi nomeado interventor na área de segurança pública do Distrito Federal, após as manifestações e ficou na função até 31 de janeiro. (Estadão Conteúdo)