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Presidente Lula visita Emirados Árabes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Abu Dhabi ontem para uma rápida passagem pelos Emirados Árabes em sua viagem oficial à Ásia. Lula ainda visita uma mesquita hoje, antes de embarcar de volta ao Brasil.
Em seu único compromisso ontem, o petista se reuniu com o presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed bin Zayed Al Nahyan, no Palácio Presidencial, e membros da comitiva brasileira assinaram memorandos de entendimento (um documento que formaliza acordos e alinhamento de expectativas) com autoridades do país.
Na reunião com Al Nahyan, Lula lembrou que esta é a sua segunda visita ao país e agradeceu a recepção. O presidente destacou a ‘rica‘ parceria entre os países e falou em cooperação no comércio, esportes e inteligência artificial. “A parceria entre nossos países está amparada em ricas conexões nas mais diversas áreas, traduzida nos números expressivos do nosso comércio, na cooperação em esportes e em inteligência artificial”, disse.
Lula foi recebido com uma apresentação da Al Fursan, a esquadrilha da fumaça da Força Aérea dos Emirados Árabes, que deixou rastro das cores verde, amarelo e azul sobre o Palácio Presidencial durante a chegada do petista. Em seguida, após a reunião com Al Nahyan, o presidente foi participou de um Iftar, refeição islâmica celebrada no pôr do sol.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), assinou memorando de entendimento entre o Estado e a Refinaria de Mataripe para a construção de uma planta de diesel verde e querosene de aviação sustentável, com investimento de R$ 12 bilhões nos próximos dez anos. Os ativos da refinaria foram vendidos em 2021 para o Mubadala Capital, fundo financeiro de Abu Dhabi. A venda ocorreu durante a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro aos Emirados Árabes naquele ano.
Lula afirmou, em entrevista à rede de televisão estatal chinesa CCTV, que o Brasil não vai “vender empresas estatais”.
“Não queremos ser vendedor nem só de commodities ou vendedor de empresa estatal”, afirmou Lula. “O que o Brasil quer propor à China é que nós precisamos construir uma centena de coisas novas, que passa por rodovia, ferrovia, portos, aeroportos, novas indústrias, empresas químicas.”
O presidente chamou as propostas de “reindustrialização”. A declaração de Lula acompanha decisões recentes do governo. Neste mês, os Correios, a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e outras cinco estatais foram retiradas da lista do Programa Nacional de Desestatização (PND). As empresas haviam sido incluídas no plano pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Já do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) foi excluída a possibilidade de o governo vender armazéns e imóveis da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), da Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. (PPSA) e da Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras). (Estadão Conteúdo)