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Governo gasta quase R$ 200 mil em sofás e cama sem licitação

12 de Abril de 2023 às 23:01
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Palácio da Alvorada é a residência oficial da Presidência
Palácio da Alvorada é a residência oficial da Presidência (Crédito: FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM / AGÊNCIA BRASIL (24/3/2023))

 

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gastou, com dispensa de licitação, R$ 196.770 em cinco móveis e um colchão para o Palácio da Alvorada. Uma cama, dois sofás e duas poltronas foram adquiridos em uma loja de um shopping de design e decoração em Brasília e um colchão king size foi adquirido em outra loja. A presidência afirma que a compra foi feita sem disputa de concorrência foi feita por se tratar de caso de emergência.

O sofá com mecanismo elétrico reclinável, para a cabeça e os pés, custou R$ 65.140. A cama estofada com espumas de alta resiliência, R$ 42.230. Todas as peças têm revestimento de couro italiano 100% natural, com tratamento exclusivo para evitar ressecamento.

Lula se queixou, no final de janeiro, de não poder se mudar para o palácio e que nem cama tinham encontrado no quarto presidencial quando vistoriaram o Alvorada. Chegou a dizer que era um “sem casa”. Na época, Lula e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, chegaram a morar por mais de um mês em um hotel de alto padrão em Brasília.

Questionada a respeito, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) respondeu que a compra se deve ao estado em que foi encontrada a mobília do palácio. Segundo a pasta, um levantamento inicial identificou 261 móveis desaparecidos do Alvorada. Após três meses, 83 não foram localizados.

“A ausência de móveis e o péssimo estado de manutenção encontrado na mobília do Alvorada exigiram a aquisição de alguns itens. Se o palácio não tivesse sido encontrado nas condições em que foi, não teria sido necessário efetuar a compra de móveis”, completou a pasta, em nota.

A Secom também reforçou que os móveis agora fazem parte do acervo da União. “Os móveis adquiridos agora integram o patrimônio da União e serão utilizados pelos futuros chefes de Estado que lá residirem”. (Da Redação)