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Von Richthofen abre loja online

09 de Fevereiro de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Chinelos vendidos por R$ 140 na
Chinelos vendidos por R$ 140 na "Su Entre Linhas" (Crédito: REPRODUÇÃO / INSTAGRAM)

Menos de um mês após ser beneficiada com o regime aberto e deixar a prisão pelo assassinato dos pais, Suzane von Richthofen virou pequena empresária. Ao sair da Penitenciária Feminina de Tremembé (SP), no Vale do Paraíba, a ex-detenta se mudou para Angatuba, também no interior paulista, e abriu um ateliê virtual de acessórios femininos em tecido. Na página da loja “Su Entre Linhas” no Instagram, a microempreendedora individual informa que os produtos são exclusivos e feitos a mão.

Os acessórios custam entre R$ 50 (necessaire) e R$ 180 (chinelos cravejados) e a loja promete entregas no País todo, com parcelamento no cartão. O serviço é gerenciado por Josiely Olberg, irmã do ex-noivo de Suzane, Rogério Olberg, e de uma ex-companheira de cela da jovem em Tremembé. Quem acessa o serviço via WhatsApp é informado que o canal é destinado apenas às encomendas dos produtos artesanais. “Demais assuntos ou perguntas serão ignorados”, informa o texto.

Na quarta-feira (8), a página da loja tinha pouco mais de 6 mil seguidores. Na manhã de ontem (9), já contava com 11,6 mil. São centenas de comentários, muitos com incentivos ao “recomeço” de Suzane, mas outros hostis e irônicos. Proliferam também perfis falsos da “Su Entre Linhas”, alguns com o timbre de “oficial” e trazendo conteúdos com críticas e ironias à iniciativa de Suzane. O perfil original alerta para os falsos e pede que sejam denunciados.

Chinelos de dedo bordados e com pedrarias foram os produtos mais pedidos. Na prisão, Suzane trabalhou em uma oficina de costura e ganhou experiência em fazer artesanato.

Comentários

As cinco publicações já feitas pela página geraram centenas de comentários. Inicialmente, a reação foi de repulsa e ironia, mas aos poucos as postagens de incentivo passaram a prevalecer. “Vamos respeitar o trabalho dessa garota sem ofensas e xingamentos. Quem pode julgar é Deus. Parabéns pelo trabalho e boas vendas”, postou um internauta. “Queria ver se fosse alguém da família de vocês que tivesse morrido, se vocês estavam aqui falando tantas palavras bonitas”, reagiu outro.

Com 39 anos, a mulher condenada por matar os pais em 2002 saiu da prisão na manhã do último dia 11 de janeiro. Ela informou à Justiça que iria morar em Angatuba, o que realmente fez. A jovem conhece a cidade de 25 mil habitantes desde 2016, quando iniciou um relacionamento com Rogério Olberg, que tem família no município paulista. Suzane está morando no sítio dos Olberg, no bairro dos Diogos, na zona rural, a 7 quilômetros do centro da cidade.