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Americanas nega haver processo de demissão em massa
A Americanas informou ontem (3), que não iniciou nenhum processo de demissão de funcionários e que mantém “relacionamento próximo” com sindicatos em meio à crise. A informação vem em reação ao protesto de funcionários e sindicatos que aconteceu pela manhã em frente a uma lona da rede, no Centro do Rio de Janeiro. No ato, manifestantes mencionaram demissões acima do normal para esta época do ano e disseram temer a perda de direito trabalhistas.
Representantes do Sindicato dos Empregados do Comércio do Rio de Janeiro e de centrais sindicais se reuniram com representantes da empresa para pleito e troca de informações sobre a preparação da recuperação judicial, autorizada pela Justiça. A Americanas passa por crise após divulgar, em janeiro, que registrou uma “inconsistência contábil” bilionária.
Segundo a Americanas, não há demissões até o momento e há “apenas interrupção de alguns contratos com empresas fornecedoras de serviços terceirizados”. Em nota, a companhia admite que “pode haver reestruturações”, mas reitera que manterá o canal de comunicação aberto com colaboradores e públicos de interesse, além do compromisso com as obrigações trabalhistas.
Segundo o documento, a empresa mantém “relacionamento próximo” com os sindicatos e segue “comprometida” com um diálogo “produtivo e recorrente” sobre questões trabalhistas.
“A Americanas atua nesse momento na condução de seu processo de Recuperação Judicial, cujo objetivo é garantir a continuidade das atividades da empresa, incluindo o pagamento dos salários e benefícios de seus funcionários em dia. O plano de recuperação definirá quais serão as ações da empresa para os próximos meses e será amplamente divulgado assim que for finalizado”, diz a empresa.
Multa milionária
O Procon-MG, órgão do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), informou na terça-feira (31) que multou em R$ 11 milhões a Americanas S/A. A multa administrativa ocorre por conta de descumprimento de ofertas, cancelamento de pedidos e falta de entrega de produtos adquiridos pelos clientes da varejista, segundo o órgão.
Procurada, a varejista afirmou que ainda não foi notificada pelo Procon-MG e que, “assim que estiver de posse do documento, irá analisar a demanda e tomar as medidas cabíveis”.
“A companhia reitera também que tem excelente reputação no ranking Reclame Aqui, com alto índice de solução, e há 10 anos é reconhecida por seu atendimento ao cliente no Prêmio Reclame Aqui”, disse a varejista, em nota. (Estadão Conteúdo)