O ex-governador do Rio Sérgio Cabral deixou ontem (19) a Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, na Região Metropolitana. Ele estava há seis anos preso preventivamente sem condenação definitiva.

Condenado a mais de 400 anos de prisão em 23 processos, o ex-governador cumpria a última das cinco prisões preventivas impostas contra ele. Quatro já haviam sido derrubadas por decisões da Justiça. Na sexta-feira (16), o Supremo Tribunal Federal (STF) votou contra a decisão que faltava. Agora, a defesa informou que ele ficará em prisão domiciliar em um imóvel da família em Copacabana, na zona sul da capital fluminense.

Cabral deixou a prisão às 20h33 acompanhado dos advogados e do filho, Marco Antônio Cabral. Um grupo que se aglomerou na frente do presídio protestou contra a soltura do ex-governador com vais e aos gritos de “ladrão”.

A Justiça Federal do Paraná, onde tramita o processo em que o ex-governador é acusado de corrupção pelas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), determinou que Cabral cumpra prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.

O ex-governador não poderá se ausentar de sua residência, exceto com autorização da Justiça, e só poderá receber visitas de parentes até terceiro grau, advogados e profissionais de saúde. (Estadão Conteúdo)