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Em ato na Câmara, manifestantes anunciam ‘megaprotesto’

08 de Dezembro de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: José Cruz / Agência Brasil)

Um grupo de manifestantes convocou ontem (7), durante ato no auditório da Câmara dos Deputados, em Brasília, um megaprotesto para o próximo sábado (10) contra a diplomação do presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva (PT). Eles leram uma “carta aberta às instituições democráticas brasileiras”, na qual criticam decisões de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e lamentam o não andamento de processos de impeachment dos magistrados, bem como a própria eleição de 2022. No texto, o grupo estabelece o dia de hoje (8) como “prazo máximo para que o presidente da República e/ou Forças Armadas se manifestem no sentido de restabelecer harmonia entre os poderes e anular o pleito”.

Confira a íntegra da carta:

“Nós, povos patriotas brasileiros, há pouco mais de um mês, estamos nos manifestando de forma ordeira, pacífica e democrática, em frente aos quartéis generais, clamando unicamente por socorro.

Somos milhões de patriotas espalhados por centenas de cidades brasileiras que depois de anos sendo usurpados, enganados, ignorados e por fim, censurados pelas instituições que deveriam nos representar, vivemos encurralados, desesperados para terem seus direitos democráticos fundamentais respeitados. Supremo é o povo e como tal, a quem estamos é fazer cumprir a Constituição, conclama as instituições democráticas Senado Federal, Supremo Tribunal Federal, Procurador, Procuradoria Geral da República, Presidência da República, enfim, em última instância, as Forças Armadas, para que o poder garantidor, honrando a espada de Caxias, socorram a pátria, que juraram defender até mesmo com seu próprio sacrifício da sua própria vida.

Decisões autoritárias que ferem o Estado Democrático de Direito têm impedido o povo de se expressar, ter ou emitir opinião ou até mesmo de se defender. O povo brasileiro gostaria de ter os mesmos direitos que alguns traficantes e certos presidiários que possuem da Suprema Corte. Após uma série de medidas inconstitucionais que tornaram um desses presidiários apto a concorrer nas eleições presidenciais de nosso país.

Assistimos perplexos a um processo eleitoral conduzido sem isonomia e escancaradamente parcial. Esses fatos, por si só, já cumpririam a nós, o povo, o direito e a garantia de um novo pleito. Mas não. Se não bastasse isso, o processo de apuração dos votos ainda foi manchado por uma série de denúncias de inconsistências que vêm sendo ignoradas pelo órgão, que deveria zelar pela lisura e a transparência das eleições.

Clamamos e aguardamos por mais de 30 dias uma manifestação do Senado que é responsável por fiscalizar o Supremo Tribunal Federal, do presidente da República e das Forças Armadas brasileiras, de quem espera-se que tenham o entendimento do seu dever constitucional de garantir a independência e a harmonia entre os poderes. A eminência da diplomação do ex-presidiário ao cargo máximo da nação, decorrente de um pleito invalidado pelos diversos fatores já mencionados, abrevia a necessidade de que providências sejam tomadas.

Portanto, através desta carta, estamos a estabelecer sendo o dia 7 de dezembro de 2022, hoje, para que o Senado dê prosseguimento aos processos de impeachment dos ministros da Suprema Corte responsáveis pelo esfacelamento da nossa Constituição e estabelecemos também o dia 8 de dezembro de 2022 como prazo máximo para que o Presidente da República e Forças Armadas se manifestem na direção de restabelecer a harmonia e independência entre os Poderes, punindo aqueles que, deliberada e recorrentes, realmente vêm violando a nossa Constituição a olhos vistos. Anular o pleito, manchado pela falta de isonomia e pela parcialidade do Tribunal Superior Eleitoral, que, entre outros equívocos, ignorou o rádio ao não maior escândalo eleitoral de favorecimento de um candidato em detrimento do outro, além de diversos indícios de inconsistente.

As apurações dos votos estabelecem novas eleições transparentes a se realizarem através do voto em cédulas de papel, conforme preconizado na nossa Constituição Federal, no artigo 14, parágrafo dez, e também na Lei 4737, de 65 Código Eleitoral e na Lei 9504, de 97.

Caso não haja nenhuma posição do Senado Federal até a data de sete do 12 de 2022, hoje, e do Presidente da República ou Forças Armadas, até a data de oito do 12 de 2022, nós, o povo, sob a égide da soberania que nos pertence, passaremos a adotar medidas com impacto nacional e dessa forma estabelecemos a data de 10/12/2022 para a tomada de Brasília e a paralisação de todo o Brasil.

Esse movimento terá dia para começar, mas não para terminar. Até que sejamos ouvidos e atendidos em nossos pleitos. A partir dessa data, depois do 12 de 2022, estaremos organizados em milhões de patriotas reivindicando que o nosso país seja devolvido a quem ele pertence. O povo em Brasília. Esperamos que a partir desse dia, enquanto durar esse movimento orgânico, popular e democrático, as forças auxiliares que também assistem há anos o autoritarismo judicial do qual nos tornamos reféns, não cumpram ordens ilegais para destruir o movimento, já que também estamos lutando pela sua liberdade”.