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Monumento reinaugurado para o bicentenário é depredado no Rio

Estátua de D. Pedro I teve peças furtadas

02 de Dezembro de 2022 às 16:50
Cruzeiro do Sul [email protected]
Ladrões furtam partes do monumento equestre de Dom Pedro I, na Praça Tiradentes, centro do Rio de Janeiro
Ladrões furtam partes do monumento equestre de Dom Pedro I, na Praça Tiradentes, centro do Rio de Janeiro (Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil)

O monumento com a figura de D. Pedro I, recém reformado para a comemoração do Bicentenário da Independência do Brasil, teve várias peças furtadas.

A estátua fica na Praça Tiradentes, no centro do Rio de Janeiro. O crime foi percebido hoje (2) e a prefeitura informou que está investigando o que ocorreu.

"A Secretaria Municipal de Conservação lamenta mais um ato de vandalismo e informa que fará a reposição dos elementos furtados do gradil da estátua de D. Pedro I, na Praça Tiradentes. O monumento é uma das obras restauradas para o Bicentenário da Independência e entregues no dia 7 de setembro deste ano. Existe uma câmera no local e a investigação é de competência das autoridades policiais”, informou, em nota, a secretaria responsável pelos monumentos da cidade.

Entre as partes furtadas do monumento, estão estrelas e ponteiras do gradil, em metal fundido. Nos dois últimos anos, principalmente durante e após o pico da pandemia na cidade, aumentou o número de furtos de metais, revendidos por ladrões e dependentes de drogas a ferros-velhos clandestinos, que funcionam em vários bairros, comprando o material a peso, que depois é revendido para ser fundido.

Pioneirismo

A estátua, em que dom Pedro I está montado a cavalo e ergue na mão direita o Manifesto às Nações, foi a primeira escultura pública do país. Em 30 de março de 1862, o monumento foi inaugurado com uma grande festa na então Praça da Constituição, com a presença do imperador dom Pedro II.

Em 1855, foram analisados na Academia de Belas Artes 35 modelos de artistas brasileiros e estrangeiros. A comissão escolheu o projeto de João Maximiano Mafra. Já a execução ficou a cargo do francês Louis Rochet, terceiro colocado no concurso.

A estátua e o pedestal foram confeccionados em Paris, na França. Foram transportados de navio e desembarcaram no Brasil em outubro de 1861. Sem contar a base, a escultura ficou com seis metros de altura.

Todo o conjunto da obra chega a mais de 15 metros. Imagens de indígenas e animais estão presentes no pedestal, representando quatro rios nacionais: São Francisco, Madeira, Amazonas e Paraná. (Agência Brasil)