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Eleições 2022

Bolsonaro diz que ministro Alexandre Moraes favorece Lula

Presidente fez a ligação de Moraes a Lula destacando que o ministro foi secretário da Segurança de São Paulo no governo Alckmin

15 de Outubro de 2022 às 00:20
Cruzeiro do Sul [email protected]
Decisão do TSE irritou o presidente
Decisão do TSE irritou o presidente (Crédito: DOUGLAS MAGNO / AFP)

Candidato à reeleição pelo PL, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que tornou sem efeito as investigações abertas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Polícia Federal (PF) contra empresas de pesquisa. Segundo ele, o veto de Moraes favorece ao candidato do PT à Presidência, Luís Inácio Lula da Silva.

“Quando PF e Cade começam a investigar os institutos de pesquisa que influenciam nos votos, o que o Alexandre faz? Não pode investigar. Parabéns, Alexandre de Moraes, garantiu 3 milhões (de votos) para o Lula. Porque muita gente vai acreditar nas pesquisas, que vão continuar sendo mentirosas. É uma interferência enorme”, afirmou durante a live “Mulheres de Minas com Bolsonaro”.

Na noite de quinta-feira (13), Moraes argumentou que houve “usurpação de competência” da Justiça Eleitoral e tornou sem efeito as investigações abertas pelo Cade e pela PF contra as empresas. Desde o resultado do primeiro turno, quando Bolsonaro teve mais votos do que o projetado pelas pesquisas, aliados do presidente no Congresso iniciaram uma ofensiva contra as empresas.

Ontem (14) pela manhã, em discurso em Caxias, na Baixada Fluminense, Bolsonaro afirmou que Lula foi considerado elegível por um “amiguinho dele no Supremo Tribunal Federal (STF)”, sem citar o nome do ministro. Além disso, afirmou que Alexandre de Moraes “vai governar” o País se o ex-presidente Lula ganhar as eleições. E prometeu, se reeleito, editar um decreto sobre liberdade de expressão e “enquadrar por abuso de autoridade” quem for contrário.

Para tentar ligar Moraes a Lula, Bolsonaro ressaltou, em entrevista ao Podcast Paparazzo Rubro-Negro, que o ministro do STF foi secretário de Segurança de São Paulo durante o governo de Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice na chapa do petista nas eleições deste ano. (Estadão Conteúdo)