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Após intoxicação de cães, governo suspende uso de ingrediente de petisco

08 de Setembro de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: Reprodução)

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) identificou irregularidades envolvendo uma das fornecedoras de matéria-prima para a Bassar Pet Food, rede de produtos para animais, e mandou suspender o uso de parte dos ingredientes fabricados por essa empresa. O governo já havia determinado o recolhimento nacional de todos os lotes de mercadorias da Bassar após a morte de ao menos nove cachorros em São Paulo e em Minas por suspeita de intoxicação ao consumir petiscos da marca.

Além de São Paulo, Minas e Distrito Federal, mais 7 Estados já têm relatos. Segundo investigações da Polícia Civil mineira, os óbitos no Brasil já chegam a 48. Procurada, a Bassar disse que vai se pronunciar em breve sobre a análise realizada pelo ministério. Na sexta, 2, a companhia já havia informado que decidiu interromper a produção de sua fábrica até que sejam totalmente esclarecidas as suspeitas

A determinação do Ministério da Agricultura é de que as empresas registradas junto ao Mapa suspendam imediatamente o uso em suas linhas de produção de dois lotes da matéria-prima propilenoglicol adquiridos da empresa Tecno Clean Industrial Ltda. A pasta, no entanto, não deu mais detalhes sobre o motivo da suspensão desses lotes.

Ainda de acordo com o ministério, as empresas fabricantes de produtos para alimentação animal registradas no Mapa também devem identificar os produtos fabricados com o uso dessas matérias-primas e, caso encontrem, devem fazer o recolhimento no comércio atacadista e varejista.

‘Os procedimentos deverão ser comunicados aos serviços de inspeção de produtos de origem animal de cada jurisdição, para controle e ações complementares do Mapa‘, disse em nota.

O Mapa encaminhou ofício às associações Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), Associação Brasileira da Indústria e Comércio de Ingredientes e Aditivos para Alimentos (Abiam) e Associação Brasileira de Reciclagem Animal (Abra) para que colaborem na divulgação dos dados junto a seus associados.

Procuradas pela reportagem, as entidades ainda não se manifestaram, assim como a empresa Tecno Clean Industrial Ltda.

Polícia fala em aumento de mortes

A Polícia Civil de Minas afirma que Minas, São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Alagoas, Sergipe e Goiás têm relatos de intoxicação de cachorros. Conforme investigações, já são pelo menos 48 óbitos registrados com a mesma suspeita, sendo 8 mortes apenas em Belo Horizonte registradas até segunda-feira, 5. Outros cães permanecem internados com quadro de falência renal, segundo a delegada Danúbia Quadros, responsável pelo caso.

‘É importante que o tutor procure a delegacia mais próxima e leve o produto para verificar se esse óbito e essas intercorrências se deram pela ingestão do petisco‘, acrescentou a delegada. (Estadão Conteúdo)