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Assassinato

Lutador assassinado é sepultado em SP

09 de Agosto de 2022 às 00:01
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Leandro teria imobilizado o algoz, que o matou ao ser solto
Leandro teria imobilizado o algoz, que o matou ao ser solto (Crédito: REPRODUÇÃO / IBJJF)

Lutadores de pelo menos 50 academias diferentes da cidade de São Paulo compareceram ontem (8) ao Cemitério do Morumby, para o enterro do campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Pereira do Nascimento Lo, morto com um tiro na cabeça no dia anterior em um show de pagode na zona sul da capital.

Parentes disseram que o suspeito, o policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo, conhecia Leandro e pode ter agido de forma premeditada, circunstância que ainda deve ser esclarecida pela investigação policial. A Justiça decidiu ontem que Velozo deve seguir preso temporariamente.

Aos gritos de “é campeão”, os lutadores com quimonos de várias cores, tecidos, modelos e tamanhos prestaram homenagens ao lutador de 33 anos. O quimono é uma forma de reverência, como explicou Otávio de Almeida Junior, presidente da Federação Paulista de Jiu-jítsu. O uso generalizado foi um pedido da mãe, Fátima Lo, de 48 anos, para homenagear o filho.
“Não tivemos uma comunicação oficial. Isso é uma manifestação espontânea dos lutadores de cerca de 50 academias”, disse o dirigente. Na capela, durante o velório, o padre permitiu uma salva de palmas. Os funcionários do cemitério calculam a multidão presente entre 200 e 300 pessoas. Leandro foi enterrado sob forte comoção.

Ontem, a Justiça decidiu manter a prisão temporária por 30 dias do tenente Henrique Velozo. O PM foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio doloso qualificado por motivo fútil, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública. (Estadão Conteúdo)