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Perícia aponta que cônsul alemão matou marido por espancamento

09 de Agosto de 2022 às 00:01
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Belga Walter Henri Maximilien Biot e o agente consular alemão Uwe Herbert Hahn
Belga Walter Henri Maximilien Biot e o agente consular alemão Uwe Herbert Hahn (Crédito: Reprodução)

A Polícia Civil do Rio afirma não ter dúvidas do envolvimento do agente consular alemão Uwe Herbert Hahn na morte do marido, o belga Walter Henri Maximilien Biot, de 52 anos, ocorrida na noite de sexta-feira (5), na cobertura onde moravam, em um edifício em Ipanema, na zona sul da cidade. Hahn foi preso em flagrante no sábado (6) e permanecerá na cadeia, conforme decisão do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). No domingo (7), Hahn passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.

Agentes da 14ª DP e peritos da Polícia Civil passaram o sábado analisando o apartamento onde o casal morava. Em conversa inicial feita no próprio local, Hahn alegou que o companheiro tinha passado mal e desmaiado, batendo o rosto no chão. Depois, reiterou as declarações em depoimento prestado na delegacia.

O exame de necropsia, contudo, indicou que o corpo da vítima apresentava mais de 30 lesões, algumas antigas, não compatíveis com uma queda. Além disso, a causa da morte foi apontada como traumatismo craniano provocado por ação contundente. A perícia policial no apartamento também indicou sinais de luta corporal.

“A versão do cônsul revela-se frágil, inverossímil. Ele alega que o companheiro teve um surto repentino, levantou do sofá, saiu correndo em direção ao terraço, tropeçou e bateu com o rosto no chão. Mas a causa da morte, lesão na nuca, é incompatível com essa versão”, afirmou a delegada Camila Lourenço, responsável pelas investigações. (Estadão Conteúdo)