A promotora Gabriela Manssur decidiu manter sua pré-candidatura a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo MDB, mesmo depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, cassou os afastamentos remunerados concedidos pelo procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo.

A decisão do STF foi proferida na sexta-feira (8), após a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) ingressar com reclamação constitucional com pedido liminar contra os atos do procurador-geral de São Paulo. Os licenciamentos, ou seja, afastamentos temporários, a dois promotores foram concedidos em 5 de maio de 2022, conforme publicação do Diário Oficial do Estado.

A ABJD defendeu que “o afastamento provisório para concorrer a cargos eletivos é garantido a funcionários públicos em geral, mas vedado a membros do MP”, pedido que foi julgado procedente por Gilmar Mendes.

Gabriela Manssur decidiu, então, manter sua disposição de se candidatar nas eleições deste ano e optou por encerrar uma carreira de 19 anos no Ministério Público. Ela estava no MP desde 2003, quando passou em segundo lugar no concurso público. O ato de exoneração foi publicado na quarta-feira (13).

Gabriela é reconhecida internacionalmente pelo pioneirismo na defesa dos direitos das mulheres. (Da Redação)