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Estupro de grávidas

Anestesista é investigado por pelo menos mais cinco abusos

13 de Julho de 2022 às 00:01
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Uma das supostas vítimas foi apoiada pela mãe na delegacia.
Uma das supostas vítimas foi apoiada pela mãe na delegacia. (Crédito: REGINALDO PIMENTA / AGÊNCIA O DIA / ESTADÃO CONTEÚDO)

 

O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 32 anos, filmado estuprando uma parturiente durante uma cesárea, na sala de parto, é investigado por pelo menos mais cinco outros abusos. A informação é da delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, responsável pelo caso. Ontem, a Justiça do Rio, em audiência de custódia, manteve a prisão de Quintella.

“São três casos do dia 10 de julho, mais três que nós ouvimos hoje (ontem), de pessoas que nos procuraram -- uma até de outro hospital. Contando com o que resultou no flagrante, são seis que investigamos”, disse a delegada.

“Nos (casos) do dia 10, lá do hospital de São João (de Meriti), os indícios são mais fortes porque há todo o relato da equipe de enfermagem, há o vídeo, gravado no mesmo dia, na terceira cirurgia. Então, em relação a esses dois fatos (adicionais), os indícios são mais fortes”, sustentou a delegada.

Com bebês no colo, três mulheres que foram atendidas em cesáreas pelo anestesista estiveram na Deam de São João de Meriti. Uma delas, uma técnica de radiologia, de 30 anos, contou que deu à luz no dia 5 de junho, no Hospital da Mãe, em Mesquita, na Baixada Fluminense. A cesárea foi assistida pelo anestesista.

A Justiça do Rio manteve a prisão de Quintella, convertida em preventiva. Ele será encaminhado ao presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, no Complexo de Gericinó.

O Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) aprovou a suspensão provisória Quintella. O Cremerj informou ainda que a suspensão ocorre em paralelo a um processo que pode terminar com a cassação definitiva do registro médico do anestesista. Ele é acusado de estupro de vulnerável. A pena para o crime varia de 8 a 15 anos de reclusão.

O escritório que fazia a defesa do médico informou que não irá mais atuar no caso. A nova defesa não tinha sido oficializada até a conclusão desta edição. (Estadão Conteúdo)