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TCU aprova modelo de desestatização de ferrovia do Porto de Santos

Capacidade atual atingirá saturação entre 5 a 10 anos, diz estatal

07 de Julho de 2022 às 17:54
Agência Brasil
Corpo foi encontrado dentro de um contêiner em um terminal do Porto de Santos
Corpo foi encontrado dentro de um contêiner em um terminal do Porto de Santos (Crédito: Divulgação)

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (6) o modelo de desestatização da Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips), informou a Santos Port Authority (SPA), empresa estatal que administra o porto do litoral paulista.

A proposta de privatização havia sido enviada pela SPA em janeiro e prevê investimentos de no mínimo de R$ 891 milhões pelos próximos cinco anos, de modo a aumentar a capacidade de circulação de mercadorias dentro do porto.

De acordo com a estatal, a capacidade ferroviária anual no complexo portuário está perto da saturação, sendo limitada hoje a 50 milhões de toneladas. A projeção é que a demanda chegue a 115 milhões de toneladas nos próximos 5 a 10 anos.

Com a aprovação pelo TCU, o próximo passo é a realização de um chamamento público e posterior assinatura de contrato, o que pode ocorrer ainda neste ano. Segundo a estatal, tal contrato será do tipo associativo, que prevê o compartilhamento de custos e das operações entre os habilitados.

"Os investimentos previstos separarão os cruzamentos rodoferroviários e garantirão fluidez ao escoamento por trens, ampliando a eficiência da operação", disse a SPA por meio de nota. Uma das principais obras previstas é a construção de uma "pera" ferroviária, estrutura que permite o retorno de comboios sem a necessidade de desacoplamento.

Sem as obras necessárias, os trens na região interna do porto necessitam realizar manobras que levam horas e drenam a eficiência do sistema, afirma a SPA.