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Pacheco abre CPI do MEC, mas não garante o seu funcionamento
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leu ontem (6) o requerimento de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério da Educação (MEC). O ato cria a comissão, mas não garante seu funcionamento imediato. Acordo firmado entre Pacheco e líderes do Senado anteontem definiu que a CPI só deve começar após as eleições.
Descontente, a oposição promete acionar o Supremo Tribunal Federal (STF), mas o presidente da Corte, Luiz Fux, revelou em conversas reservadas que não deve intervir.
Pacheco leu ainda ontem requerimentos de abertura de outras duas CPIs, a de obras paradas e a que pretende investigar o crime organizado. A decisão de adiar os trabalhos da comissão do MEC é uma vitória para o governo. A oposição avalia que o adiamento, na prática, enterra a investigação que teria potencial para atingir o presidente Jair Bolsonaro.
A CPI tem como alvo de investigação o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e os pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura. Os religiosos são acusados de controlar a agenda do ministro, intermediar encontros com prefeitos e cobrar propina. (Estadão Conteúdo)