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Menina de 11 anos vítima de estupro passa por aborto legal em SC

24 de Junho de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: Pixabay)

A menina de 11 anos, vítima de um estupro em Santa Catarina e que teve o aborto negado pela Justiça catarinense, teve a gestação interrompida na quarta-feira (22). A informação foi divulgada pelo Ministério Público Federal (MPF) no início da tarde de ontem (23).

Em nota, o MPF afirma que o Hospital Universitário (HU) Polydoro Ernani de São Thiago, vinculado à Universidade Federal de Santa Catarina, que inicialmente havia negado a realização do aborto inicialmente à garota, foi procurado na quarta-feira pela mãe e pela criança e que “adotou as providências para interrupção da gestação da menor”.

O HU foi procurado pela vítima para realizar o aborto no início de maio, quando a criança estava com 22 semanas de gestação. O hospital, porém, negou a ela o procedimento alegando que as normas da unidade permitem a interrupção da gravidez só até a 20ª semana.

O episódio veio à tona na última segunda-feira (20), quando gravações de uma audiência mostram a juíza Joana Ribeiro Zimmer, da Comarca de Tijucas (cidade a 30 quilômetros de Florianópolis), e então responsável pelo caso, sugerindo à menina que suportasse a gravidez por mais algumas semanas para conseguir dar à luz ao bebê.

Joana Ribeiro Zimmer já não está mais à frente do caso. No último dia 15, antes da publicação da reportagem, ela foi promovida e transferida para a 1ª Vara Comercial de Brusque. (Estadão Conteúdo)