Buscar no Cruzeiro

Buscar

Geral

Homem morre ao ser trancado com gás em viatura da PRF

Polícia Federal em Sergipe instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte de Genivaldo de Jesus Santos

27 de Maio de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
As imagens da abordagem policial
As imagens da abordagem policial "bombaram" nas redes. (Crédito: REPRODUÇÃO / YOUTUBE)

 

A Polícia Federal (PF) em Sergipe instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, após ser trancado no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e aspirar um gás lançado pelos policiais, em Umbaúba, no sul do Estado. A corporação diz que já iniciou as diligências sobre o caso.

Genivaldo foi abordado na tarde de quarta-feira (25), imobilizado e colocado no interior do compartimento da viatura da PRF. Em seguida, os policiais lançaram um gás, provavelmente lacrimogêneo, sobre a vítima e trancaram o porta-malas. Imagens da ação foram divulgadas em redes sociais.

Laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Aracaju indica que a morte de Genivaldo se deu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de Sergipe, outros exames foram realizados para detalhar as causas e os laudos complementares ainda serão emitidos.

A morte pode ser caracterizada como prática de tortura, segundo avaliação do diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, que destaca que o recurso do gás não tem “papel de contenção individual”.

O Ministério Público Federal também abriu um procedimento sobre o caso, no sentido de acompanhar as investigações sobre a morte. À PF, foi solicitado o número do inquérito aberto sobre o caso. O procurador Flávio Pereira da Costa Matias determinou que, tão logo a informação chegue ao MPF, seja autuada imediatamente uma notícia de fato -- apuração preliminar -- para que o futuro procurador do caso acompanhe as investigações da PF, indicando as diligências que considerar necessárias e adotando “as demais medidas que reputar oportunas”. (Estadão Conteúdo)