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Bufê tradicional de São Paulo fecha e clientes temem prejuízo

20 de Abril de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
O luxuoso bufê tinha mais de 50 anos de atividades.
O luxuoso bufê tinha mais de 50 anos de atividades. (Crédito: REPRODUÇÃO)

O Buffet Colonial anunciou pelas redes sociais na quinta-feira (14) o fechamento da empresa, pegando os clientes, que não haviam sido avisados, de surpresa. Na nota divulgada, o tradicional bufê de São Paulo, que funcionava em Indianópolis, explicou que deixaria de atuar no ramo de eventos devido aos impactos da pandemia.

“Infelizmente, devido à pandemia, a empresa entrou em uma grande crise financeira, que chegou ao seu limite na última semana. Não foi possível prosseguir e nem realizar mais eventos. O imóvel era alugado e foi devolvido aos proprietários”, respondeu a assessoria de imprensa da empresa.

“Avisamos aos clientes no momento em que chegamos ao nosso limite. O Colonial lutou de todas as formas para não chegar nesta situação, mas a crise da pandemia foi cruel com o setor de eventos”, acrescentou o estabelecimento.

Os clientes relatam terem descoberto a situação através do post no Instagram da empresa e reclamam de não terem sido avisados da situação com antecedência. Ao entrar em contato com a empresa, eles contam receber a mesma mensagem padrão da assessoria do bufê, que diz não haver previsão para o reembolso.

“Não parecia que era real. A primeira coisa que fiz foi checar meu e-mail, porque pensei que uma coisa dessas eles teriam avisado”, lembra a gerente comercial Gabriele Bessa, de 25 anos. “Quase toda nossa festa de casamento estava incluída no contrato com eles e estava quase tudo pago”. A noiva diz que não teve nenhuma resposta do que será efetivamente feito, e nem propostas de negociação.

Ela conta que mais de 50 clientes que se sentiram lesados estão em um grupo para compartilhar informações, e que todos recebem as mesmas respostas da empresa. Gabriele relata também que alguns casais fecharam contratos uma semana antes do anúncio de fechamento. “Não tinha como eles não saberem. Não foi falência, foi golpe”, afirma.

O engenheiro civil Fernando Redorat, de 32 anos, assinou um contrato de cerca de R$ 73 mil no começo de fevereiro deste ano e reclama da falta de suporte da empresa. “O telefone ninguém atende, os e-mails ninguém responde”, conta. (Estadão Conteúdo)