Registros de pedágios
Motociata com Bolsonaro em SP teve participação de 3,7 mil motos
Dados foram obtidos por meio de registros de pedágios da rodovia dos Bandeirante
A motociata liderada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira (15), em São Paulo, contou com 3.703 motos, segundo registros de pedágios da rodovia dos Bandeirantes. O Sistema de Monitoramento de Informações de Pedágio acompanhou a movimentação de motocicletas que participaram da manifestação nesta manhã nas praças de cobrança da Concessionária CCR AutoBan em Campo Limpo, Itupeva e Sumaré. A rodovia ficou interditada para o evento e foi liberada por volta das 13h.
A informação sobre os pedágios foi adiantada pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmada pelo Estadão. Nas redes sociais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e apoiadores do presidente afirmavam que o encontro de sexta-feira (15) foi a "maior motociata do mundo" - mas a participação desta sexta (15) foi menor do que a de junho do ano passado, quando aproximadamente 6.660 motociclistas se juntaram a um passeio com o presidente. Naquela ocasião, bolsonaristas chegaram a compartilhar que a motociata teria entrado para o Guinness Book, livro que registra recordes mundiais - o que provou ser falso.
Segundo a Secretaria de Logística e Transportes (SLT) e a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), o tráfego de veículos na Rodovia dos Bandeirantes nesta sexta (15) foi completamente liberado por volta das 13h. O trajeto de moto começou às 10h, e foi da Praça Campo de Bagatelle, próxima do Anhembi, à cidade de Americana, no interior do Estado.
Parte do grupo de motoqueiros que seguiu o presidente pagou uma taxa de inscrição de R$ 10 para a organização do evento, coordenado pelo grupo "Acelera para Cristo". O pagamento, opcional, dava direito a uma espécie de "área vip" da motociata, com presença na área fechada ao lado do Anhembi, além da possibilidade de viajar mais próximo de Bolsonaro nos 120 quilômetros até Americana. No final do trajeto, o presidente discursou e criticou um acordo firmado entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o WhatsApp para adiar o lançamento de uma nova ferramenta do aplicativo no País que permite a criação de grupos com milhares de pessoas. (Estadão Conteúdo)