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Covid-19

Brasil tem primeiro caso da subvariante XE confirmado

Informação oficial foi divulgada ontem pelo Ministério da Saúde

08 de Abril de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Embora sejam necessários mais estudos, OMS alerta sobre poder de infecção.
Embora sejam necessários mais estudos, OMS alerta sobre poder de infecção. (Crédito: NIAID)

O Ministério da Saúde confirmou ontem (7) o primeiro caso de Covid-19 provocado pela subvariante XE (recombinante da BA.1 e BA.2 da Ômicron). A notificação ocorreu na quarta-feira (6) pelo Instituto Butantan.

Em nota, o Ministério da Saúde disse que mantém o constante monitoramento do cenário epidemiológico da Covid-19. “Reforça a importância do esquema vacinal completo para garantir a máxima proteção contra o vírus e evitar o avanço de novas variantes no País”, acrescentou.

Embora ainda sejam necessários mais estudos sobre a descoberta, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a subvariante conhecida como XE pode ser mais infecciosa dentre todas as versões já identificadas do novo coronavírus até o momento.

Desde que foi descoberta no Reino Unido, em meados de janeiro, mais de 700 casos já foram associados ao recombinante, segundo autoridades britânicas. Embora no Brasil a situação tenha se estabilizado, China, Reino Unido, Alemanha e França, por exemplo, voltaram a registrar aumento de infecções causadas pela Ômicron e subvariantes.

A pesquisadora e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Ester Sabino, avalia que, daqui para a frente, é preciso acompanhar recombinantes ou variantes que venham da Ômicron, assim como o cenário no Reino Unido com a subvariante XE. “Os países que ainda não tiveram a Ômicron ainda vão ter. No entanto, com a vacinação e infecção prévia pela Ômicron, é provável que não tenhamos grandes surtos, embora a gente precise acompanhar os números”, disse a especialista.

O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, concorda que há menos chances de a XE ser uma subvariante de preocupação. “Diferentemente da Ômicron que chegou, por exemplo, e em semanas atingiu o planeta inteiro, hoje temos uma situação que vemos a substituição de uma variante ou subvariante por outra. Os mecanismos de evasão e escape dos vírus são esses mesmos”, acrescenta. (Da Redação, com informações do Estadão Conteúdo)