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PF desarticula quadrilha que adquiria imóvel com dinheiro do tráfico

Investigados responderão pelo crime de lavagem de dinheiro, com penas que podem variar de três a dez anos para cada ação

15 de Março de 2022 às 10:18
Cruzeiro do Sul [email protected]
Sede da Polícia Federal em Brasília
Sede da Polícia Federal em Brasília (Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Um esquema de lavagem de dinheiro por meio da negociação e aquisição de apartamentos de alto padrão na cidade de Balneário Camboriú (SC), com recursos do tráfico internacional de drogas é o alvo da Operação Vertigem, da Policia Federal, nesta terça-feira (15).

Na ação, que tem o apoio da Receita Federal, estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Itajaí (SC) e Balneário Camboriú, e em Arapongas (PR). Também foi decretado o sequestro de um imóvel de luxo que é objeto da lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, as investigações revelaram que o esquema criminoso foi criado por meio negócios jurídicos fraudulentos custeados com dinheiro de procedência ilícita. O valor dos imóveis era subfaturado e "laranjas" ocultavam a identidade do real adquirente, um narcotraficante internacional. O homem que não teve a identidade revelada, é chefe do grupo criminoso responsável pela remessa de diversos carregamentos de cocaína para a Europa através do Porto de Paranaguá (PR).

"Em relação a um dos imóveis objeto da lavagem, verificou-se indícios do envolvimento da construtora responsável pelo empreendimento, consubstanciado no fato de ter recebido grande quantia de dinheiro em espécie sem qualquer formalização contratual ou a devida comunicação aos órgãos competentes", detalhou a PF em nota.

Penas

Os investigados responderão pelo crime de lavagem de dinheiro, com penas que podem variar de três a dez anos para cada ação.

Histórico

O trabalho é um desdobramento da Operação Enterprise, deflagrada pela Polícia Federal no dia 23 de novembro de 2020 em diversos estados e no exterior para combater um conglomerado de Organizações Criminosas especializadas no crime de tráfico internacional de drogas. (Agência Brasil)