Geral
Mortos em Petrópolis já chegam a 180

As chuvas e os deslizamentos registrados em Petrópolis na terça-feira passada (15) resultaram em ao menos 180 mortes na cidade da serra fluminense, além de mais de 930 pessoas desabrigadas. Com buscas por desaparecidos ainda em andamento, a situação já supera a mais trágica da história do município, em 1988, quando a cidade registrou 171 mortos, segundo dados da Defesa Civil municipal. As buscas por vítimas prosseguem nesta semana. Mais de 100 pessoas estão desaparecidas.
Neste século, a maior tragédia havia ocorrido em 2011, com 71 mortos em Petrópolis e mais de 900 na serra fluminense (a maioria em Nova Friburgo (428 mortos) e Teresópolis (387), segundo o Atlas Brasileiro de Desastres Naturais.
De acordo com o “Plano de contingência do município de Petrópolis para chuvas intensas - Verão 2021/2022”, elaborado pela Defesa Civil municipal, há relatos de inundações na cidade desde 1850, porém os casos se tornaram mais graves no século seguinte, especialmente com o avanço da urbanização para áreas de encostas.
A tragédia deve provocar também uma perda de R$ 665 milhões no Produto Interno Bruto (PIB) do município, segundo números da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O cálculo considera o impacto direto e foi obtido após pesquisa realizada com 286 empresas, de 16 a 18 de fevereiro.
Rainha Elizabeth
Assim como diversas autoridades nacionais e internacionais, a rainha Elizabeth II, do Reino Unido, também se solidarizou com as vítimas da tragédia em Petrópolis. Por meio do perfil no Twitter, The Royal Family, a monarca enviou uma mensagem de condolências ao povo brasileiro, enquanto continua exercendo suas tarefas oficiais depois de ter sido testada positivo para a Covid-19.
“Estou profundamente triste ao saber da trágica perda de vidas e destruição causada pelas terríveis inundações no Brasil”, publicou. A rainha também se solidarizou com as pessoas que atuam no resgate de vítimas e na recuperação da cidade fluminense, que ainda tem vias bloqueadas e imóveis destruídos. (Estadão Conteúdo)