Buscar no Cruzeiro

Buscar

Geral

Grampos ligam presidente da Alesp a condenado por desvios na saúde

16 de Fevereiro de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
O presidente da Assembleia Legislativa, Carlão Pignatari.
O presidente da Assembleia Legislativa, Carlão Pignatari. (Crédito: ALESP)

 

A Polícia Civil de São Paulo interceptou ligações telefônicas que mostram o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Carlão Pignatari (PSDB), intermediando a entrega da administração de dois hospitais para organizações sociais do grupo do médico Cleudson Garcia Montali, condenado a 200 anos de prisão por liderar uma organização criminosa envolvida no desvio de R$ 500 milhões da Saúde. Nas conversas, o médico, que hoje está preso, presta contas ao deputado de suas ações. Na época, ele já era investigado pela polícia e pelo Ministério Público Estadual.

Cleudson foi alvo da Operação Raio X, que apurou fraudes na gestão de hospitais de 27 cidades em quatro Estados -- Pará, São Paulo, Paraíba e Paraná. A investigação durou dois anos antes de sua primeira fase ser deflagrada, em 2020, quando houve buscas no gabinete do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). No começo deste ano, a polícia concluiu nova fase da operação, cumprindo mandados de busca na casa do ex-governador Márcio França -- pré-candidato do PSB ao Palácio dos Bandeirantes -- e de outros alvos.

Pignatari não estava, até agora, entre os políticos investigados na operação. O deputado participou da CPI das Organizações Sociais da Saúde, que investigou o setor e se encerrou em 17 de setembro de 2018. (Estadão Conteúdo)