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Queiroga critica passaporte infantil e 4ª dose
Apesar das críticas, ministro pede aos pais que levem seus filhos para vacinar contra a Covid

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou ontem de um ato de vacinação infantil contra a Covid-19 em Maceió (AL). Ele voltou a dizer que, até o próximo dia 15, o ministério distribuirá vacinas suficientes para aplicar a 1ª dose em todas as crianças de 5 a 11 anos no País.
Na ocasião, o ministro voltou a defender a não obrigatoriedade da vacinação de crianças de 5 a 11 anos, mas fez um apelo para que os pais levem seus filhos para vacinar. Na terça (8), ele informou que após 55 dias da aprovação da primeira vacina para uso infantil, o percentual de crianças de 5 a 11 anos que tomaram a primeira dose de imunizantes contra a doença não passava de 15%. “Eu exorto os pais a levarem seus filhos para vacinar”, disse.
Queiroga também criticou a aplicação de uma segunda dose de reforço e disse que antes o País precisa avançar na aplicação da terceira dose. A aplicação de uma quarta dose foi definida pelo governo de São Paulo e pela Prefeitura do Rio de Janeiro. “Antes de querer aplicar quarta dose sem evidência científica precisamos avançar na aplicação da terceira dose de vacina. O Brasil aplicou em cerca de 30% da sua população a dose de reforço, não queremos aplicar uma quarta dose sem ainda ter uma evidência científica forte”.
Levantamento do Ministério da Saúde aponta que mais de 54 milhões de brasileiros em condições de tomar a dose de reforço ainda não o fizeram. Até o momento, cerca de 45,8 milhões de pessoas receberam essa dose adicional.
As doses de reforço podem ser dadas quatro meses após a conclusão do ciclo vacinal. Até agora, o ministério recomenda a aplicação da quarta dose só para pessoas com alto grau de imunossupressão.
“Nos últimos seis meses reduzimos mais de 80% dos óbitos de Covid-19 em nosso País. Vamos enfrentar essa variante Ômicron e vamos vencê-la, como vencemos a Delta, a Gama, e vamos livrar o Brasil da pandemia para voltarmos a ser felizes, como éramos antes”, afirmou o ministro.
Passaporte vacinal
Ao comentar decisão da Justiça de Alagoas, que determinou que as redes pública e privada de ensino de Maceió exijam o passaporte vacinal para alunos de 5 a 17 anos, Queiroga se manifestou contra a cobrança desse comprovante de vacinação. “Já prejudicaram nossas crianças em 2020, já prejudicaram em 2021. Querem prejudicar de novo, impedindo que as crianças tenham acesso à aula?”, criticou, ao defender que as crianças não podem ser obrigadas a se vacinar, posição também defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). “O povo brasileiro tem grande adesão à vacina. Por que eu vou criar mais calor em uma discussão que é um direito de todos? Busquem as vacinas, as vacinas estão aí”, disse. (Da Redação, com agências)