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Bolsonaro confirma viagem à Rússia

O presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou ontem que vai viajar para Moscou amanhã (14), apesar das tensões crescentes entre Rússia e Ucrânia, e citou a dependência brasileira dos fertilizantes russos. “Fui convidado pelo presidente Putin. O Brasil depende de fertilizantes da Rússia e da Bielorrúsia. Levaremos um grupo de ministros também para tratarmos de outros assuntos que interessam ao nosso País, como energia, defesa e agricultura”, disse o presidente.
A comitiva deve chegar a Moscou na noite de terça. Na quarta (16), Bolsonaro se reúne com Putin e empresários locais em meio à preocupação do agronegócio brasileiro sobre a política protecionista russa em torno de fertilizantes para as lavouras.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, no entanto, não deverá participar da comitiva. Ela testou positivo para a Covid-19 na última terça-feira e ainda não se recuperou. Cristina, cotada para ser vice de Bolsonaro nas eleições de 2022, é quem lidera as discussões com os russos sobre fertilizantes.
“A gente pede a Deus que reine a paz no mundo para o bem de todos nós”, limitou-se a dizer o presidente sobre o conflito envolvendo Rússia a Ucrânia, apoiada pelos EUA e outros países do Ocidente.
A situação na Rússia vem sendo monitorada pelo Gabinete de Segurança Institucional e pelo Ministério da Defesa.
A embaixada brasileira em Kiev recomendou que os brasileiros mantenham-se em alerta, mas reiterou que não há recomendação de que os cidadãos devem deixar a Ucrânia.
“A Embaixada do Brasil em Kiev informa que continua a acompanhar a situação na Ucrânia, em permanente contato com o Itamaraty, em Brasília, e em coordenação com as autoridades ucranianas e com a comunidade diplomática local”, disse em nota.
Alertas e recomendações à comunidade brasileira na Ucrânia serão transmitidos via redes sociais e o site oficial da embaixada.
Assessores da Presidência embarcaram ontem mesmo, em voo comercial. Depois da Rússia, Bolsonaro segue para Budapeste, para agenda com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán. (Da Redação, com agências)