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Pandemia

Covid: internação de crianças e adolescentes na UTI sobe 61% em SP

Segundo o governo estadual, o aumento se deu nos últimos dois meses; Estado já iniciou a vacinação de crianças de 5 a 11 anos

19 de Janeiro de 2022 às 14:47
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Crédito da foto: AFP / Miguel Schincariol
Internações de crianças e adolescentes em UTIs Covid cresceram 61% no Estado de São Paulo, nos últimos dois meses (Crédito: Miguel Schincariol/ AFP)

O governo de São Paulo informou, na tarde desta quarta-feira (19), que as internações de crianças e adolescentes em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por coronavírus aumentou 61,3% nos últimos dois meses. Na sexta-feira (14), o Estado deu início à vacinação infantil (5 a 11 anos) com uma cerimônia no Hospital das Clínicas.

"Temos visto que na população ainda não vacinada e mais vulnerável, aqueles menores de 17 anos têm tido uma elevação significativa do período de 15 de novembro até 17 de janeiro", disse o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn. No intervalo mencionado, o número de crianças e adolescentes internadas foi de 106 para 171. "Os dados evidenciam que a nova variante Ômicron do novo coronavírus está contaminando rapidamente nossas crianças e que a vacinação é urgente e fundamental para prevenir casos graves, internações e óbitos nessa população."

Hoje, São Paulo tem 2.842 pessoas internadas em leitos de UTI da Covid e outras 5.556 em leitos de enfermaria. A ocupação nas unidades de terapia intensiva é de 54,17% para o Estado e 60,58% para a Grande São Paulo.

A expectativa do governo é de que os servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberem a aplicação da Coronavac em crianças de 3 a 11 anos ainda na quinta-feira (20). Essa é a segunda vez que o Instituto Butantan faz a solicitação ao órgão, após o primeiro pedido ser negado em abril do ano passado.

Caso a Coronavac seja aprovada na população pediátrica, o diretor e presidente do Butantan, Dimas Covas, afirmou que o laboratório já tem 15 milhões de doses em estoque. Dessas, 10 milhões estariam reservadas para São Paulo e o restante poderia ser distribuído para o restante do Brasil.

Desde a semana passada, o Comitê Científico de Combate à Covid-19 recomendou que eventos e estabelecimentos em todo o Estado funcionem com apenas 70% da capacidade máxima de lotação, graças ao avanço da variante Ômicron. O uso obrigatório de máscara facial também foi mantido até, pelo menos, 31 de março. (Estadão Conteúdo)