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Covid-19

Brasil registra 117 mortes em 24 horas e vê alta de casos

Laboratórios registram maior número de infecções por Covid e gripe

30 de Dezembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Procura por testes de Covid aumentou nos últimos dias.
Procura por testes de Covid aumentou nos últimos dias. (Crédito: ARQUIVO AFP)

O Brasil registrou 117 mortes por Covid-19 ontem (29). A média móvel semanal, que elimina as distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 106. Laboratórios em todo o País relatam aumento tanto na quantidade de testes realizados como na quantidade de resultados positivos.

Os Estados do Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas e Sergipe não relataram mortes. Acre não registrou casos. No total acumulado, já são 618,8 mil óbitos notificados desde o início da pandemia, de acordo com os dados do consórcio de veículos de imprensa.

No intervalo de 24 horas, os novos casos notificados da doença ficaram em 9.958. O País chegou ao número de 22,2 milhões de casos da infecção desde março de 2020. A média móvel de casos nos últimos sete dias é de 6.022.

No boletim de terça-feira, 28, os números foram divulgados sem dados de Santa Catarina, que atualizou as informações por meio de um portal. Portanto, as informações são 618,7 mil mortos no total acumulado, 178 óbitos notificados na terça, com média móvel de 109. Foram 9.036 casos em 24 horas, totalizando 22.252.911 casos.

Os dados diários são reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa, que é formado por Estadão, g1, O Globo, Extra, Folha e UOL, em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20 horas.

Alta de casos

Em meio ao apagão de dados do Ministério da Saúde, que sofreu ataque hacker neste mês, farmácias e laboratórios têm identificado alta de casos de Covid-19 e de gripe nos últimos dias. Com o avanço da variante Ômicron do coronavírus, mais contagiosa, a falta de monitoramento mais preciso preocupa especialistas.

No Grupo Fleury, a procura por testes dobrou, mas o alerta vem da taxa de casos confirmados: perto de 20%. “Estava com positividade de 3% a 2%, a nossa maior baixa. De repente começou a subir o número de pedidos e de positividade”, diz o infectologista Celso Granato, diretor clínico do grupo, um dos principais de medicina diagnóstica. Sobre a influenza (gripe), a situação também é atípica: mais de 27 mil testes só em dezembro (48% de positivos).

Situação similar é relatada pela rede Dasa, que reúne mais de 900 unidades ambulatoriais no País: a taxa de positividade da Covid passou de 1,38% no dia 4 para 11,4% no último domingo. Virologista da Dasa, José Eduardo Levi diz que o índice de positividade era o mais baixo da pandemia no início do mês. São Paulo e Rio são os principais responsáveis por elevar a média. No caso da influenza, a positividade na Dasa subiu de 7% (dia 1º) para 24%, no sábado.

França e EUA

A alta de casos não é registrada apenas no Brasil. França e Estados Unidos voltam a registrar recorde em número diário de casos de Covid. Na França, de acordo o ministro da Saúde do país, Olivier Véran, foram registradas nas últimas 24 horas mais de 208 mil casos diários de contaminação pela doença. Em um intervalo de pouco menos de uma semana, é a terceira vez que o país ultrapassa seu próprio recorde de casos diários.

A situação se repete nos Estados Unidos, que de acordo com dados da universidade Johns Hopkins registraram uma média recorde de 265.427 novos casos diários. Os dois países estudam a adoção de medidas restritivas para reduzir o número de novas contaminações. 

Ômicron é identificada em 31,7% dos casos

Um levantamento feito pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS) a partir de 640 exames positivos para o coronavírus identificou que 31,7% das infecções foram causadas pela variante Ômicron. Feito em parceria com os laboratórios Dasa e DB Molecular, a análise considerou 30,4 mil testes RT-PCR realizados pelos laboratórios em 16 Estados brasileiros durante os dias 1º e 25 de dezembro.

Entre os testes positivos, 203 (31,7%) indicaram a presença da variante Ômicron em oito Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Goiás, Santa Catarina e Tocantins.

O porcentual da Ômicron em relação às amostras positivas vem subindo dia após dia. Na última semana, 40% das infecções analisadas eram causadas pela variante. No dia 25, essa relação chegou a 75%.

Balanço do Ministério da Saúde divulgado na segunda-feira, dia 27, registra a confirmação oficial de 74 casos de Ômicron no País. Há outros 116 em investigação.

Para o diretor-presidente do ITpS, Jorge Kalil, os dados servem de alerta para os próximos dias, com as festas de réveillon. “É preciso lembrar que a pandemia não acabou”, disse. Kalil também ressaltou que o País vive surtos do vírus da gripe H3N2, que também pressiona o sistema de saúde. (Da Redação com Estadão Conteúdo)