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MP abre investigação contra médico por violência obstétrica
A Promotoria de Enfrentamento à Violência de Gênero, Doméstica e Familiar contra a Mulher, do Ministério Público de São Paulo, instaurou ontem (14) investigação criminal contra o médico obstetra Renato Kalil para apurar acusações de “ao menos duas mulheres” por violência obstétrica.
Após vazamento de áudio e vídeos em que relatava um caso de violência obstétrica que teria sofrido por parte do médico, a influenciadora Shantal Verdelho entrou com requerimento de inquérito policial para apurar os fatos ocorridos durante o parto de sua filha. Ela registrou o pedido na 27ª DP da cidade de São Paulo ontem (14), informou a assessoria em nota.
O Ministério Público informou, por meio de nota, que a notícia do fato foi encaminhada pela Procuradoria-Geral do MPSP -- CAO Criminal. A partir da abertura do procedimento de investigação, a Promotoria começará a receber documentos e fará atendimento prioritário às vítimas.
No conteúdo vazado de um grupo privado, a influenciadora Shantal conta que foi xingada pelo obstetra durante o parto e que ele falou de sua vagina para o marido de forma pejorativa. “Quando a gente assistia ao vídeo do parto, ele (Renato) me xingava o trabalho de parto inteiro.”
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) abriu na segunda-feira (13) um processo interno de apuração sobre as denúncias. Procurado pela reportagem acerca das acusações contidas nos áudios e vídeos, Renato negou e afirmou que tomará “providências jurídicas” por “ataques à sua reputação”, por meio de nota. (Estadão Conteúdo)