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Governo adota quarentena para viajantes não vacinados

Após 5 dias, será exigido também um teste do tipo PCR

08 de Dezembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Até agora, nada era pedido pelo País aos visitantes.
Até agora, nada era pedido pelo País aos visitantes. (Crédito: MAURO PIMENTEL / AFP)

 

O governo federal anunciou ontem (7) que vai exigir quarentena de cinco dias para viajantes não vacinados contra a Covid-19 que desembarcarem no Brasil. Em cerimônia no Palácio do Planalto, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, detalhou que, após o período de quarentena definido, os viajantes deverão realizar um teste do tipo RT-PCR com resultado negativo. Os imunizados, por sua vez, não precisarão do isolamento.

Segundo o ministro, cerca de 80% da população brasileira acima de 14 anos já está imunizadas com as duas doses da vacina. O número representa mais de 175 milhões de habitantes. Ele destacou ainda que o País conseguiu “reduzir fortemente” o número de casos e óbitos provocados pela covid-19 nos últimos seis meses, a queda foi de cerca de 90%.

A decisão foi anunciada em meio a uma queda de braço com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre restrições contra a Covid-19 nas fronteiras. Participaram do pronunciamento os ministros Marcelo Queiroga (Saúde), Ciro Nogueira (Casa Civil) e Bruno Bianco (Advocacia-geral da União).

No entanto, eles evitaram falar sobre “passaporte da vacina”, recomendado pela Anvisa, para não esbarrar na resistência do presidente Jair Bolsonaro. Queiroga avaliou que o enfrentamento à pandemia não diz respeito apenas “a um chamado passaporte que mais discórdia do que consenso cria”.

“Ultimamente, o mundo ficou muito preocupado com uma nova variante do vírus. Essas variantes podem acontecer em qualquer lugar do mundo. Os países que identificam essas variantes não podem ser punidos com restrição aos seus cidadãos.”

“É necessário defender as liberdades individuais, respeitar os direitos dos brasileiros a acessarem livremente as políticas públicas de saúde”, disse. “Essa temática envolve as relações exteriores do Brasil e o Brasil é um país muito reconhecido exatamente por utilizar o princípio da reciprocidade”, completou. (Agência Brasil e Estadão Conteúdo)