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Comitê científico acha cedo para prever Carnaval de rua

Ao menos 70 cidades do interior de SP já cancelaram a festa de 2022

25 de Novembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
As aglomerações ainda ameaçam, a despeito da vacinação.
As aglomerações ainda ameaçam, a despeito da vacinação. (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO / ARQUIVO JCS (21/2/2020))

 

O médico Paulo Menezes, coordenador do comitê científico que assessora o governo de São Paulo na adoção de medidas contra a Covid-19, disse ontem (24) que ainda é cedo para se pensar em Carnaval na rua. Ainda assim, ele reforçou estar confiante de que haverá uma “situação mais favorável (da pandemia) ao final de fevereiro”. O governador João Doria (PSDB) deixou a critério dos prefeitos decidirem sobre a realização ou não das festas nas cidades.

Apesar do avanço da vacinação, ao menos 70 cidades do interior de São Paulo já cancelaram o Carnaval de 2022 motivadas pela pandemia. As prefeituras alegam o risco de um aumento nas infecções pelo vírus e ainda o respeito às famílias que perderam entes queridos

“Ainda é precoce pensar numa situação de multidões na rua com aglomeração, mesmo que seja daqui a três meses”, afirmou Menezes durante coletiva de imprensa realizada no Palácio dos Bandeirantes. “Hoje, eu entendo, e posso falar em nome do comitê científico, que não é momento de pensar nas grandes aglomerações do Carnaval.”

O médico ressaltou, contudo, que há boas perspectivas para os próximos meses, principalmente por conta do avanço da cobertura vacinal. “Estamos confiantes que talvez possamos ter uma situação mais favorável (da pandemia) ao final de fevereiro, mas neste momento precisamos continuar com segurança.”

Segundo Doria, as prefeituras do Estado podem até ser mais rigorosas do que o governo do Estado, mas não menos rigorosas. Elas devem seguir, desse modo, com medidas como a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados.

Expresso 2222

A produtora Flora Gil, mulher do cantor Gilberto Gil, afirmou que é contra a realizar o carnaval no Brasil em 2022 por causa da pandemia. Ela não pretende abrir o camarote Expresso 2222, um dos clássicos espaços da folia de Salvador, independentemente da decisão dos governantes. “Tenho receio de produzir uma festa tão grande com duração de uma semana, como o Camarote Expresso 2222”, disse ela, em entrevista ao jornal Correio da Bahia. (Estadão Conteúdo)