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Fiocruz alerta para bactérias resistentes a antibióticos

20 de Novembro de 2021 às 00:01
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Fiocruz - Castelo Mourisco.
Fiocruz - Castelo Mourisco. (Crédito: Divulgação / Agência Brasil)

O Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) já recebeu em 2021 mais que o triplo de amostras de bactérias resistentes a antibióticos em comparação ao que foi analisado em 2019, último ano antes da pandemia da Covid-19. O levantamento foi divulgado ontem pelo instituto, cujos pesquisadores alertam para o risco de maior disseminação da resistência a antibióticos pelo aumento do uso desses medicamentos durante a emergência sanitária.

As amostras de “superbactérias” são enviadas ao laboratório do IOC por outros laboratórios de saúde pública de diversos estados de forma espontânea, já que lá funciona a retaguarda da Sub-rede Analítica de Resistência Microbiana em Serviços de Saúde (Sub-rede RM), instituída pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério da Saúde (MS).

O IOC informa que, em 2019, chegaram ao laboratório pouco mais de mil amostras de bactérias resistentes a antibióticos. Em 2020, esse número chegou a quase 2 mil, e, de janeiro a outubro deste ano, já atingiu 3,7 mil. O instituto ressalta que, enquanto os números oficiais da Anvisa sobre bactérias resistentes para 2020 e 2021 ainda não estão disponíveis, o aumento observado em centros de referência pode ser considerado como um alerta.

Em texto divulgado pelo IOC/Fiocruz, a chefe do Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar, Ana Paula Assef, explica que houve um aumento no volume de pacientes internados em estado grave e por longos períodos durante a pandemia, o que aumenta o risco de infecções hospitalares. (Agência Brasil)