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Museu Nacional

Começa restauração de fachada e telhado

13 de Novembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
A obra tem previsão de término para setembro de 2022.
A obra tem previsão de término para setembro de 2022. (Crédito: FERNANDO FRAZÃO / AGÊNCIA BRASIL)

O Museu Nacional começou ontem (12) as obras de restauração das fachadas e telhados do Paço de São Cristóvão, atingido por um incêndio de grandes proporções em 2 de setembro de 2018. A fachada do prédio histórico deverá ser restaurada até setembro de 2022, quando se celebra o Bicentenário da Independência do Brasil.

Planejada para ocorrer em etapas, a obra no Paço, na Quinta da Boa Vista, na zona norte da capital fluminense, começa pela restauração das fachadas e telhados do bloco histórico, o setor que, ainda hoje, congrega elementos arquitetônicos e ornamentais representativos do período imperial com acervos científicos de grande relevância, como o Bendegó, maior meteorito já encontrado no Brasil.

A obra no monumento histórico vai contemplar ações como a consolidação das alvenarias de pedra, mistas e de tijolos maciços autoportantes e dos vãos de portas e janelas, restauração das esquadrias, ferragens, gradis remanescentes, réplicas e novas portas, janelas, entre outros itens essenciais à restauração do bem patrimonial tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Em uma solenidade dentro do Paço para marcar o início das obras, o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, destacou a importância de se devolver para a sociedade o primeiro museu do Brasil o quanto antes. “Com a confiança de que os trabalhos serão conduzidos de maneira articulada com o desenvolvimento dos projetos de arquitetura, restauro, paisagismo e museografia, com apoio nacional e internacional.”

“Apesar dos tempos sofridos que estamos vivendo, esta é uma data a ser comemorada por todos, especialmente aqueles que fazem ciência e cultura no Brasil”, disse Kellner.

A reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denise Pires de Carvalho, ressaltou que as equipes do museu e dos escritórios técnicos da UFRJ têm atuado com resiliência e comprometimento desde os primeiros trabalhos de resgate.

“Esta obra que iniciamos agora é resultado da forte estrutura de governança que estabelecemos com diferentes parceiros e patrocinadores para realizarmos o sonho de termos de volta o Paço Imperial do Museu Nacional totalmente restaurado e aberto ao público. E que novos parceiros possam se agregar ao projeto, fortalecendo esta iniciativa”, afirmou Denise.

Desde 2020, instituições brasileiras e internacionais que estão empenhadas na reconstrução do equipamento cultural fazem parte do Projeto Museu Nacional Vive. Até o momento, já foram captados R$ 244,8 milhões para o restauro do museu. (Agência Brasil)