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PF prende empresário por pirâmide financeira em SP

Esquema fraudulento movimentou R$ 100 milhões em quatro anos

12 de Novembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Carros de luxo e embarcações foram apreendidas na operação.
Carros de luxo e embarcações foram apreendidas na operação. (Crédito: DIVULGAÇÃO / POLÍCIA FEDERAL)

A Polícia Federal deflagrou na manhã de ontem (11) a Operação Ponzi para investigar suposto esquema de pirâmide financeira que, segundo os investigadores, pode ter movimentado R$ 100 milhões nos ótimos quatro anos. Um empresário apontado como líder de um esquema e o diretor geral do grupo sob suspeita foram presos na saída de uma casa de shows em São Paulo por policiais à paisana. Também foram cumpridas ordens de prisão contra a ex-mulher do empresário e a diretora financeira do grupo.

A ofensiva ainda cumpriu 23 mandados de busca e apreensão nas cidades de Santa Fé do Sul, Santa Clara d’Oeste, Votuporanga, Bebedouro, Araçatuba, Casa Branca, Americana, Santana de Parnaíba e São Paulo. As ordens foram expedidas pela Justiça Estadual de Santa Fé do Sul. A operação conta com apoio da Polícia Civil e Ministério Público Estadual.

De acordo com a PF, os presos podem ser indiciados por crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica, estelionato, crime contra a economia popular e organização criminosa.

Os investigadores dizem ter localizado uma mansão, chácaras e um terreno às margens do Rio Paraná, além de vários carros de luxo e uma aeronave que são alvos de ordens de apreensão. Além disso, três embarcações de grande porte foram apreendidas com o apoio de equipes da Polícia Militar Ambiental de Fernandópolis.

Durante as investigações, a PF identificou que, em apenas dois anos, empresário preso abriu dezenas de empresas e filiais em várias cidades do interior paulista, tendo como fachada a oferta de serviços de créditos de bancos diversos.

No entanto, “toda a estrutura era voltada para convencer poupadores a entregarem suas economias em troca de altas taxas de juros remuneratórios que chegavam até 6% ao mês, que eram pagos com recursos de novos investidores, caracterizando um esquema de pirâmide”, diz a corporação.

Segundo a Polícia Federal, o nome da operação, Ponzi, faz alusão a “uma operação fraudulenta e sofisticada de investimento do tipo esquema em pirâmide que envolve a promessa de pagamento de rendimentos anormalmente altos aos investidores à custa do dinheiro pago pelos investidores que chegarem posteriormente”. (Estadão Conteúdo)