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Laudo aponta fissuras em gruta que desmoronou em Altinópolis

12 de Novembro de 2021 às 00:01
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 O acidente aconteceu na madrugada de 31 de outubro, quando 28 bombeiros civis participavam de um treinamento
O acidente aconteceu na madrugada de 31 de outubro, quando 28 bombeiros civis participavam de um treinamento (Crédito: Divulgação / Bombeiros )

Um laudo assinado por geólogos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo, apontou fissuras e falhas na estrutura da gruta Duas Bocas, que desabou e matou nove bombeiros, no último dia 31, em Altinópolis (SP). O documento, assinado também por especialistas da Defesa Civil e do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), recomenda que seja mantida a interdição da caverna devido ao risco de novos desmoronamentos.

A Real Time, empresa que dava treinamento aos bombeiros, informou que a gruta foi inspecionada antes do treinamento e apresentava condições normais, porém chovia muito quando aconteceu o acidente.

O laudo foi feito após vistoria realizada no local da tragédia dois dias depois do acidente. Os peritos afirmam que as estruturas da gruta apresentam fraturas e fissuras que favorecem a queda de placas. Os especialistas recomendam a realização de estudos geológicos e técnicos para verificar melhor a estabilidade da estrutura. Enquanto isso, a gruta deve continuar interditada.

A Polícia Civil de Altinópolis informou que ainda aguarda a conclusão do laudo elaborado pelos peritos do Instituto de Criminalística de Ribeirão Preto para concluir o inquérito que apura o desabamento com mortes.

Em depoimento, testemunhas disseram que um instrutor morto no acidente vistoriou a gruta em dias anteriores e horas antes do desabamento, não tendo sido notadas anormalidades. Conforme o delegado Rodrigo Salvino Patto, os indícios apontam para um fato extraordinário e imprevisível, mas ainda é preciso analisar as conclusões do laudo pericial. (Estadão Conteúdo)