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Política

Moro se filia ao Podemos com discurso nacionalista

11 de Novembro de 2021 às 00:01
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O ex-juiz falou como candidato à presidência da República.
O ex-juiz falou como candidato à presidência da República. (Crédito: EVARISTO SA / AFP)

Em mais um sinal que pretende disputar a Presidência da República em 2022, o ex-juiz Sergio Moro se colocou à disposição do povo brasileiro para, nas palavras dele, “assumir a liderança” de construir um País justo para todos. Em discurso de filiação ao Podemos, ontem (10), Moro apostou na abrangência de sua ação contra a corrupção para além da Operação da Lava Jato e afirmou que não fugirá à luta de fazer um governo para o povo, embora pontue que a tarefa será difícil.

“Queremos construir juntos esse projeto, ouvindo as ideias de todos. Não é só um projeto para reconstruir o combate à corrupção. Isso faz parte dele, mas ele vai muito além. É um projeto para construir o País”, declarou Moro, no evento de filiação, que ocorreu em Brasília. Segundo ele, se for necessário assumir a liderança nesse projeto, “meu nome sempre estará à disposição do povo brasileiro”.

Moro se lança como um candidato de terceira via para as eleições presidenciais, que aglutina nomes para ser uma alternativa às candidaturas do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com a filiação de Moro ao Podemos, a pesquisa Genial/Quaest divulgada ontem indica que o ex-juiz da Lava Jato desponta como a potencial terceira via na polarização entre Lula e Jair Bolsonaro e numericamente à frente de Ciro Gomes (PDT-CE).

TCU x Lava Jato

O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), determinou que procuradores da extinta força-tarefa da Lava Jato devolvam R$ 2,5 milhões referentes a gastos com diárias e passagens durante a operação. Segundo o ministro, o modelo de funcionamento do grupo de trabalho “viabilizou uma indústria de pagamento a certos procuradores escolhidos a dedo, o que é absolutamente incompatível com as regras que disciplinam o serviço público brasileiro”.

A ação pode, com base na Lei da Ficha Limpa, tornar o ex-coordenador da força-tarefa no Paraná, Deltan Dallagnol, e o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot inelegíveis -- os dois avaliam uma candidatura em 2022. Procurados, os integrantes da extinta força-tarefa da Lava Jato não responderam. (Estadão Conteúdo)