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CPI da Covid

Versão final do relatório da CPI tem 80 pedidos de indiciamentos

27 de Outubro de 2021 às 00:01
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Relator colocou e retirou senador na lista de indiciamentos.
Relator colocou e retirou senador na lista de indiciamentos. (Crédito: MARCELLO CAMARGO / AGÊNCIA BRASIL)

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), chegou a incluir ontem (26) o senador Luís Carlos Heinze (PP-RS) na lista de sugestão de indiciamentos feita pelo colegiado. A decisão atendeu a um pedido de outro senador, o oposicionista Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que acusou o colega de comissão de disseminação de notícias falsas.

Mas, após apelo de governistas, uma crítica do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e por fim, o pedido do próprio Vieira, o senador retirou o nome do colega Luis Carlos Heinze (PP-RS) da lista de sugestões de indiciamento do relatório final da CPI da Covid.

A solicitação para o indiciamento foi feita durante a apresentação do voto alternativo de Heinze ao parecer de Renan Calheiros. Ao longo dos trabalhos da comissão, por várias vezes, o senador gaúcho defendeu drogas comprovadamente sem eficácia contra o coronavírus. No documento lido ontem, entre outros pontos, Heinze manifestou apoio ao Conselho Federal de Medicina (CFM) pela defesa da autonomia médica durante a pandemia e afirmou que seu relatório inclui centenas de estudos sobre o uso de substâncias no tratamento da Covid-19 feitas por “cientistas, não charlatões”.

No início da noite, por sua vez, Vieira pediu que Renan retirasse a menção a Heinze. Mantendo o tom crítico ao colega, o senador afirmou que, “a essa altura”, não valeria colocar nenhum trabalho da CPI em risco “por conta de mais um parlamentar irresponsável”. E acrescentou: “Não se gasta vela boa com defunto ruim”.

Durante a apresentação dos novos pontos acatados, além de Heinze, Renan incluiu mais 12 nomes. A relação, que foi fechada com 80 pedidos de indiciamento, tem entre os nomes o do presidente Jair Bolsonaro.

Entre as polêmicas discutidas exaustivamente e acatadas pelo relator apenas minutos antes do início da reunião está a inclusão do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e do ex-secretário de Saúde Marcellus Campêlo, pela crise da falta de oxigênio em Manaus no início deste ano. (Agência Brasil)