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Economia

Bolsonaro defende auxílio a caminhoneiro e fala em novo reajuste de combustível

Ao lado de Paulo Guedes, presidente disse que Petrobras deve voltar a elevar os preços dos combustíveis nas próximas semanas.

22 de Outubro de 2021 às 16:12
Da Redação com Estadão Conteúdo [email protected]
O presidente Jair Bolsonaro vai se filiar ao PL
Presidente reconheceu que haverá novos aumentos de combustíveis (Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil)

Ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta sexta-feira o auxílio de R$ 400 até o fim de 2022 para ajudar os caminhoneiros a suportarem o custo do aumento do diesel e voltou a falar de aumento no preço de combustíveis.

"Sabemos que estamos na iminência de um mais um reajuste de combustíveis e, quando isso vai para o diesel, influencia diretamente na inflação. O caminhoneiro que transporta cargas pelo Brasil merece ter uma atenção da nossa parte. Foi decidido então um auxílio aos mesmos que custará menos de R$ 4 bilhões por ano, também previstos no orçamento", afirmou Bolsonaro, após encontro na sede do Ministério da Economia.

O presidente reconheceu que a Petrobras deve voltar a elevar os preços dos combustíveis nas refinarias nas próximas semanas. "Não temos bola de cristal, nós sabemos que aumentando o preço do petróleo lá fora e com a variação do dólar aqui dentro, um reajuste tem que ser cumprido em poucos dias pela Petrobras", acrescentou o presidente da República.

Bolsonaro ainda voltou a reclamar que tudo que acontece com a Petrobras é colocado como sua responsabilidade. "Indicamos presidente, mas não temos ascendência sobre ela. A Petrobras é auditada e fiscalizada por quase uma dezena de órgãos. Não existe da nossa parte um congelamento de preços, sabemos que as consequências (de um congelamento) são piores que o aumento de preços em si", concluiu.

PAULO GUEDES - Em meio às especulações de que o ministro Paulo Guedes poderia até mesmo deixar o cargo ainda nesta sexta-feira, 22, o presidente Jair Bolsonaro fez no período da tarde uma declaração ao lado dele bancando a continuidade do trabalho da pasta.

"Como é de praxe, de vez em quando, visito Paulo Guedes, pessoa que conheci antes das eleições. Nós nos entendemos muito bem, tenho confiança absoluta nele e Guedes entende as aflições que o governo passa", afirmou Bolsonaro, após reunião no gabinete do ministro. "Entendemos que a economia está ajustada, não existe solavanco ou descompromisso de nossa parte", enfatizou.

Bolsonaro fez nova defesa do Auxílio Brasil em R$ 400, que levou às alterações no teto de gastos que culminaram com a saída de quatro secretários da Economia na quinta-feira.

"O tíquete médio do Bolsa Família hoje é de R$ 192, o que é insuficiente. Com responsabilidade, vínhamos estudando há meses essa questão, e chegou-se um valor. Deixo claro que o valor decidido por nós tem responsabilidade, não faremos nenhuma aventura. Não queremos colocar em risco nada no tocante à economia. Muitas medidas tomadas no ano passado abalaram a economia, com a política do fique em casa, a economia a gente vê depois", disse o presidente.

Bolsonaro ainda lembrou que o governo gastou mais de R$ 300 bilhões em 2020 para pagar o auxílio emergencial a mais de 68 milhões de brasileiros - chamados de invisíveis pela equipe econômica.