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Rejeitada

Deputados rejeitam PEC da Vingança que previa mudanças na atuação do MP

A PEC também propunha a alteração da indicação do corregedor nacional do Ministério Público

20 de Outubro de 2021 às 21:30
Cruzeiro do Sul [email protected]
Sede do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)
Sede do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) (Crédito: Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP))

A Câmara dos Deputados rejeitou ontem (20), por 287 votos a 182, a proposta de emenda à Constituição (PEC) 5 de 2021 que altera a composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

O substitutivo do deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) precisava de 308 votos para que fosse aprovado. A matéria prevê a ampliação do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) de 14 para 17 vagas. Agora, a previsão é a de que os deputados analisem o texto original da proposta, do deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

Dos deputados da região de Sorocaba, Capitão Derrite (Progressistas-SP), Guiga Peixoto (PSL-SP), Jefferson Campos (PSB-SP) e Vitor Lippi (PSDB-SP) votaram contra a alteração no CNMP. Somente Herculano Passos (MDB-SP) votou a favor.

O texto de Paulo Magalhães previa que cinco integrantes do CNMP seriam indicados ou eleitos pelo Poder Legislativo. Atualmente, são apenas dois indicados. A PEC também propõe a alteração da indicação do corregedor nacional do Ministério Público, que deve ser o vice-presidente do CNMP.

A proposta de Magalhães determinava ainda que seria elaborado um código de ética no prazo de 120 dias após a promulgação da PEC. Se esse prazo não fosse cumprido, o Congresso Nacional deveria elaborar uma lei ordinária.

Críticas

Entre as principais polêmicas do texto, estava a escolha do corregedor do CNMP. Na última versão do texto de Paulo Magalhães, estava previsto o revezamento entre Câmara e Senado na escolha do nome em uma lista de cinco apontados pelos próprios procuradores-Gerais de Justiça.

Na semana passada, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e a Associação Nacional dos Procuradores e das Procuradoras do Trabalho (ANPT) se posicionaram integralmente contra a proposta e pediram a rejeição da matéria. Entre as críticas, está a tramitação acelerada da proposta e a avaliação de que “o texto apresentado viola a autonomia institucional do Ministério Público e a independência funcional de seus membros”. (Agência Brasil)