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Cobrado por sabatina, Alcolumbre reage

14 de Outubro de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo [email protected]
Davi Alcolumbre.
Davi Alcolumbre. (Crédito: AGÊNCIA SENADO (10/12/2019))

Cobrado publicamente a marcar a sabatina de André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), reagiu ontem ao afirmar que não aceitará “ameaças” e que não está negociando favores políticos em troca.

A indicação está parada no colegiado desde 18 de agosto. Mendonça, ex-ministro da Justiça e da Advocacia-Geral da União, foi escolhido por Bolsonaro para a Corte após a promessa do chefe do Planalto de emplacar um ministro “terrivelmente evangélico” na vaga aberta com a aposentadoria de Marco Aurélio Mello. Para ser confirmado no cargo, Mendonça precisa ser sabatinado na CCJ e aprovado por, no mínimo, 41 senadores entre os 81 titulares do Senado.

Com a demora, porém, Bolsonaro passou a ser pressionado por líderes evangélicos e cobrou de Alcolumbre “ajudas” que teria dado ao senador no passado. Eleito presidente do Senado em 2019 com apoio do Planalto, o parlamentar foi responsável por articular a distribuição de verbas federais na Casa e chegou a ser cotado como ministro do governo.

“Três meses lá no forno o nome do André Mendonça. Quem não está permitindo é o Alcolumbre. Teve tudo que foi possível durante dois anos comigo. De repente ele não quer o André Mendonça”, disse Bolsonaro no domingo. (Estadão Conteúdo)