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Começa julgamento do caso Henry Borel

07 de Outubro de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo [email protected]
Dr. Jairinho, namorado de Monique Medeiros da Costa e Silva, mãe do menino Henry Borel, saem da Delegacia de Polícia da Barra da Tijuca (16ªDP) após prestar depoimento sobre a morte do menino de 4 anos.
Dr. Jairinho, namorado de Monique Medeiros da Costa e Silva, mãe do menino Henry Borel, saem da Delegacia de Polícia da Barra da Tijuca (16ªDP) após prestar depoimento sobre a morte do menino de 4 anos. (Crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

 

Começou na manhã de ontem (6) a audiência de instrução do processo em que o médico e ex-vereador do Rio de Janeiro Jairo Souza Santos Junior, o doutor Jairinho, e a professora Monique Medeiros são acusados de homicídio triplamente qualificado e tortura contra Henry Borel, filho de Monique. O menino de 4 anos morreu em 8 de março, após ser agredido no apartamento onde o casal morava, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). Jairinho e Monique estão presos desde 8 de abril.

Nesta fase serão ouvidas pela juíza Elizabeth Louro Machado, titular do II Tribunal do Júri 12 testemunhas arroladas pela acusação. A primeira foi o delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), que investigou o caso. Durante o depoimento, ocorreu uma discussão entre o promotor de Justiça Fábio Vieira, responsável pela acusação, e o advogado de Monique, Thiago Minagé.

O advogado afirmou que Damasceno estava emitindo opiniões e não expondo fatos, como deveria. A juíza interveio para interromper a discussão: “Aqui não é CPI. Aqui a gente está para ouvir a testemunha. Isso aqui não vai virar circo!”.

No início da tarde, o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), anunciou ter pedido à advocacia do Senado para que entre com representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a juíza. Quem pediu a medida foi o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Segundo ele, a juíza feriu “frontalmente” a Lei Orgânica da Magistratura por ter, na avaliação do senador, emitido opinião política.

À tarde, a juíza justificou a menção à CPI e elogiou a comissão: “Eu não posso deixar que a coisa degringole como a coisa degringola lá e com razão, porque lá ficam os representantes do povo. Sou uma entusiasta da CPI. Quando tenho folga, estou sempre assistindo, quero muito que aquilo traga um resultado bom para a população. Os parlamentares estão certíssimos de discutir lá, porque parlamentar fala.” (Estadão Conteúdo)