A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid decidiu enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncias de ataques feitos pelo empresário Otávio Oscar Fakhoury a integrantes da comissão. As informações serão compartilhadas no inquérito das fake news, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes. O empresário prestou depoimento ontem (30) à CPI e é um dos alvos do inquérito.

No depoimento, Fakhoury, admitiu aos senadores que financiou o Instituto Força Brasil (IFB), do qual é vice-presidente, mas disse que exerce o cargo de “direção simbólica” e que não participa, nem tem responsabilidade sobre os atos de gestão. Conforme investigação da CPI, o IFB tentou intermediar a negociação de vacinas contra Covid-19 entre a empresa Davati e o Ministério da Saúde. O presidente do IFB, tenente-coronel Hélcio Bruno, já foi ouvido pela CPI.

Fakhoury também admitiu ter financiado a impressão de materiais durante a campanha do presidente Jair Bolsonaro em 2018. De acordo com ele, foi impressa por grupos independentes e não estava diretamente vinculada à campanha do candidato. “Uma campanha feita pelas pessoas, por livre e espontânea vontade, que imprimiram seu material e saíam às ruas”, disse.

Ainda ontem, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) exigiu um pedido de desculpas do empresário por publicações homofóbicas contra o parlamentar.

Relatório final

O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, marcou a votação do relatório final da investigação para 20 de outubro. O cronograma foi anunciado no início da reunião de ontem. (Da Redação)