Buscar no Cruzeiro

Buscar

Geral

Queiroga diz haver excesso de vacinas

Apesar da fala do ministro, que também elogiou Pazuello, cidades ainda registram falta da Astrazeneca

16 de Setembro de 2021 às 00:01
Da Redação com Estadão Conteúdo [email protected]
Em Guarulhos, o ministro acompanhou o envio de doses aos Estados.
Em Guarulhos, o ministro acompanhou o envio de doses aos Estados. (Crédito: MINISTÉRIO DA SAÚDE / DIVULGAÇÃO)

Embora diversas cidades brasileiras tenham registrado falta de doses da Astrazeneca nos últimos dias, após uma interrupção nas entregas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta ontem (15), que o País tem “excesso de vacinas”. Ele também fez elogios ao seu antecessor na pasta, Eduardo Pazuello.

“Há excesso de vacinas, na realidade. O Brasil já distribuiu 260 milhões de doses de vacinas, 210 milhões já foram aplicadas”, disse Queiroga em evento no Aeroporto Internacional de Guarulhos O ministro acompanhava o envio das vacinas restantes para imunizar 100% da população adulta brasileira com a primeira dose “Precisa acabar com essas narrativas de falta de vacina, isso não é procedente”, acrescentou.

Contudo, a suspensão por 15 dias das entregas da Fiocruz, que tem parceria com a Astrazeneca no Brasil, deixou cidades de São Paulo e Rio de Janeiro sem imunizantes para honrar o calendário de aplicação da segunda dose. As entregas já foram retomadas pela entidade.

Ainda assim, o fato foi minimizado por Queiroga ontem, que chamou a campanha de vacinação no Brasil de sucesso. “Não tem problema de Astrazeneca nenhum”, atestou no evento. “Eventualmente, pode haver algum retardo”, ponderou, em seguida.

Como mostrou o Estadão/Broadcast Político, o Estado de São Paulo decidiu aplicar Pfizer em quem estava com a segunda dose de Astrazeneca atrasada, na tentativa de cumprir os prazos da campanha de vacinação. A decisão, tomada de forma autônoma, foi novamente criticada por Queiroga.

“As recomendações técnicas (do Programa Nacional de Imunizações) devem ser seguidas por todos os entes federados. Se todos trabalharmos juntos, pararmos com essa torre de babel vacinal, nos livramos mais rápido dessa pandemia”, declarou.

Pandemia no Brasil

A quantidade de brasileiros mortos pela Covid-19 subiu para 588.597 pessoas. Em 24 horas foram registrados 800 óbitos em razão da doença. Ainda há 3.328 mortes em investigação. Nessas situações, os diagnósticos dependem de resultados de exames concluídos apenas após o paciente ter morrido. A soma de pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia foi para 21.034.610. Entre ontem e hoje, as secretarias de Saúde registraram 14.780 casos.

Ainda há 307.746 casos em acompanhamento. O nome é dado ao número de casos ativos de pessoas que tiveram o diagnóstico confirmado e estão sendo atendidas por equipes de saúde ou se recuperando em casa.

O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 chegou a 21.138.267. Isso corresponde a 95,7% das pessoas infectadas no Brasil desde o início da pandemia.

Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado na noite de ontem (15). A atualização consolida o levantamento realizado pelas secretarias de Saúde. (Da Redação com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)