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Fiocruz entrega 1,7 milhão de doses da Astrazeneca ao PNI

Atraso na remessa causou paralisação da 2ª dose em alguns locais

15 de Setembro de 2021 às 00:01
Da Redação com Estadão Conteúdo [email protected]
15 milhões de doses devem ser entregues em setembro.
15 milhões de doses devem ser entregues em setembro. (Crédito: FERNANDO BRITO / MS)

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entregou um novo lote com 1,7 milhão de doses da vacina da AstraZeneca ontem (14). Essa é a primeira entrega feita pela instituição neste mês. Ao todo, 15 milhões de doses devem ser entregues ao Ministério da Saúde em setembro.

De acordo com a Fiocruz, uma primeira remessa com 50 mil doses foi entregue diretamente ao Estado do Rio de Janeiro. O restante foi destinado a um almoxarifado do Ministério da Saúde e será enviado aos demais Estados. A pasta ainda não informou quando as vacinas devem ser distribuídas.

A entrega de imunizantes havia sido interrompida pela Fiocruz por falta de insumos para produção. Agora, a fundação afirma que as entregas semanais até o fim de setembro estão garantidas. A Fiocruz já enviou 93,6 milhões de doses de Astrazeneca ao Ministério da Saúde.

Estoques baixos

A interrupção da entrega das vacinas gerou desabastecimento de Astrazeneca em alguns Estados. Parte das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão e Pernambuco estavam sem o imunizante para aplicar a segunda dose. Para não prejudicar a campanha de vacinação, os Estados autorizaram a vacinação heteróloga e estão aplicando uma segunda dose da Pfizer em quem tinha recebido a primeira de Astrazeneca.

Só em São Paulo, pelo menos um milhão de pessoas foram prejudicadas pela falta de Astrazeneca até a última sexta-feira. A informação é da coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Regiane de Paula. O Ministério da Saúde diz que não deve vacinas a São Paulo e que não garantirá doses aos Estados que não respeitarem o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19.

STF

O Supremo Tribunal Federal formou maioria para referendar a decisão do ministro Ricardo Lewandowski que determinou à União que assegure o envio das vacinas contra a Covid-19 necessárias para que o Estado de São Paulo complete a imunização de quem já tomou a primeira dose. O caso é analisado no plenário virtual da corte, sendo que cinco ministros já se manifestaram no sentido de acompanhar o entendimento do relator - Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Rosa Weber e Edson Fachin. O julgamento estava previsto para terminar no início da madrugada de hoje.

A decisão liminar confirmada pelo Plenário foi proferida por Lewandowski no último dia 17, acolhendo pedido do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). A Procuradoria Geral de São Paulo diz que uma mudança nos parâmetros considerados para o rateio dos imunizantes retirou do Estado 228 mil doses da vacina da Pfizer. O Ministério da Saúde, por sua vez, nega que a atualização dos critérios usados pela pasta tenha prejudicado o Estado. (Da Redação com Estadão Conteúdo)